Luta contra Aids: Acre registra quase 300 casos em 2022; veja situação por município

O dia 1 de dezembro é marcado como Dia Mundial de Luta contra a Aids (Acquired Immune Deficiency Syndrome, em português, síndrome da deficiência imunológica adquirida), data criada com o intuito de reduzir o preconceito contra a doença.

Ainda que parte da população tenha conhecimento sobre a forma de transmissão, a desinformação ainda gera a discriminação contra os portadores da doença. Além disso, diversas pessoas não conhecem a diferença entre aids e HIV, em que uma é a doença e o HIV é o vírus que pode provocar a aids.

No Acre, 296 casos foram notificados em 2022 em todo o Estado, com maior número de notificações em Rio Branco, com 214 casos, equivalente a mais de 70% das notificações. É o que apontam os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), cedida pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

As outras cidades com maiores números foram Cruzeiro do Sul, com 13 e Epitaciolândia com 12. Com relação aos óbitos, 3 foram notificados em 2022 e 11 casos notificados em 2021, todos na capital acreana.

Em 2021, os dados mostram números maiores que os atuais, com 350 casos, o que caracteriza uma diminuição de mais de 15% com relação ao ano anterior. Em Rio Branco =, em 2021 foram 280 casos notificados, já em Cruzeiro do Sul foram 6 casos e em Epitaciolândia foram 4 notificações, já em Sena Madureira foram 13 casos em 2021 e 11 casos em 2022, além da notificação de Aids em uma criança em 2021.

Prevenção e Diagnóstico

A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) é uma grave doença causada pelo vírus HIV, que agride o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. A partir do momento que a pessoa é contaminada com o vírus, torna-se HIV positivo ou soropositivo.

A aids não tem cura ou vacina. A doença enfraquece o corpo, devido à vulnerabilidade que apresenta em combater vírus, fungos e bactérias. Entre os seus principais sintomas estão:

• Muita febre;
• Suores;
• Perda de peso;
• Cansaço;
• Dor nos músculos e articulações;
• Dor de cabeça;
• Dificuldade em se concentrar;
• Tosse seca;
• Gânglios linfáticos inchados;
• Diversos outros.

Esses são os sintomas apresentados por uma pessoa que tem o vírus HIV em grande quantidade no organismo. Um ponto que merece muito destaque é que, ter o vírus HIV não significa que a pessoa é portadora da doença  aids. Há casos em que soropositivos vivem sem apresentar os sintomas ou desenvolver a doença. No entanto, a transmissão do vírus ainda ocorre.

A aids pode ser transmitida para outra pessoa por meio do contato direto com sangue e de fluidos corporais de alguém infectado. A principais formas de transmissão, são: relação sexual com uma pessoa infectada, sem uso de preservativo; transmissão vertical: a doença é transmitida, da mãe para o bebê por meio da placenta, parto e amamentação; contato com sangue infectado; uso de agulha e seringa já utiliza por uma pessoa infectada; transfusão de sangue contaminado; instrumentos cortantes não esterilizados.

Além disso, são várias as situações em que não ocorre a transmissão de pessoa para pessoa. Algumas delas são: beijo na boca, abraço ou aperto de mão; suor ou lágrima; uso de piscina ou banheiro; uso de trabalhos ou copos; uso de sabonete, toalha ou lençol; relação sexual com camisinha.