RIO BRANCO
Mãe de criança com TEA alega que equipe pedagógica escolar ignora laudos e diz que criança não precisa de mediador
A mãe de Kauan Freire Arteaga, 13 anos, a senhora Lígia Freire Barbosa, 36 anos, buscou a redação do NHN para denunciar que o filho diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) está passando por situações desconfortáveis e constrangedoras por falta de mediador.
Segundo a mãe, a criança, que estuda na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joana Ribeiro Amed, localizada no município de Epitaciolândia, interior do Acre, tem laudos que pedem que tenha acompanhamento dentro da sala de aula. No entanto, a equipe pedagógica diz que nas avaliações realizadas na unidade educativa apontam que a criança não precisa de um mediador.
Lígia contou ao NHN, que tal situação, que se arrasta por 1 ano e 6 meses, faz com que o filho passe por situações desagradáveis e até chegue a apanhar de colegas, porém sem alguém que o acompanhe fica a palavra dele contra a das profissionais.
A mãe disse ainda que em busca do direito do filho buscou o Ministério Público do Acre (MPAC) e o Conselho Tutelar, mas até o momento a criança continua sem acompanhamento.
A reportagem entrou em contato com a coordenadora da escola Francione Araújo, que sugeriu que a equipe procurasse a Secretaria de Educação (SEE), pois são eles responsáveis por analisar todos os relatórios individuais de cada da Educação Especial e que defere ou não a necessidade de contratação do Profissional Mediador para atendimento individual.
“Essa denúncia da mãe do aluno já está sendo analisada pelo Ministério Público e a Escola aguarda qualquer manifestação ou deliberação sobre a necessidade de um Profissional Mediador individual para o aluno. Mas a Escola esclarece que não se opõe a contratação de um Profissional específico e que atenda individualmente o aluno, e que não é a Escola que contrata Profissionais Escolares. No entanto, já há uma Resolução do Conselho Estadual de Educação n⁰ 347/2023, que estabelece normas para a Educação Especial. A Escola se prontifica a colaborar para qualquer esclarecimento”, pontuou a coordenadora.