RIO BRANCO
Mesmo com crescimento de 3,2% psicultura no Acre tem crescimento modesto pela falta de investimento do governo

A produção de peixe em cativeiro no Acre teve um crescimento modesto de 3,2% entre 2021 e 2022, porém, ainda enfrenta desafios devido à falta de investimentos para sua expansão. A dependência de recursos públicos e a ausência de investimentos governamentais têm limitado o desenvolvimento do setor. No entanto, o Anuário do Peixe 2023, produzido pela Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), destaca que o estado possui um grande potencial de produção, impulsionado por condições naturais favoráveis, como clima, topografia e espécies regionais.
Apesar da falta de investimentos governamentais, é importante ressaltar que o setor tem mantido boas perspectivas e suprido a demanda local recorrendo ao pescado cultivado em Rondônia. A infraestrutura de produção no Acre, principalmente os viveiros escavados, já está estabelecida, mas a distância dos grandes centros consumidores representa um desafio para tornar a atividade economicamente viável na região.
Embora o Acre tenha começado a produzir tilápia com bom potencial de mercado (60 toneladas em 2022), a criação de espécies nativas ainda predomina (3.800 toneladas em 2022). No Brasil como um todo, a produção de peixes de cultivo atingiu 860.355 toneladas em 2022, representando um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior.
A evolução da produção de peixes de cultivo tem sido notável, com um crescimento de 48,6% desde 2014, segundo a PeixeBR. Esse avanço é resultado do aprimoramento de toda a cadeia produtiva e dos esforços da PeixeBR para promover o cultivo sustentável dessa proteína em todo o país, estimulando tanto a produção quanto o consumo.
Portanto, apesar dos desafios enfrentados, a atividade de piscicultura no Acre tem potencial para crescer e contribuir para o desenvolvimento econômico da região, desde que sejam realizados investimentos adequados e sejam superadas as dificuldades logísticas.
