RIO BRANCO
Moradores temem que mudança do Centro POP para Castelo Branco resulte em “Cracolândia”

A mudança do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) para o bairro Castelo Branco, em Rio Branco, tem gerado forte resistência entre moradores locais. Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Tales Felipe, residente do bairro desde 2017, expressou preocupação com a decisão da prefeitura, alegando falta de diálogo prévio e questionando a segurança e a adequação do imóvel escolhido.
Felipe destacou problemas estruturais na edificação, como rachaduras e localização em área de risco, além da ausência de informações sobre alvarás e segurança contra incêndio. Ele também criticou a falta de integração com a saúde pública, questionando a ausência de um plano para desintoxicação dos usuários do Centro POP. Segundo ele, a ênfase na ressocialização é vazia sem um programa efetivo de tratamento para dependência química.
A principal preocupação de Felipe, e da comunidade, é a possibilidade de o Centro POP se tornar um novo foco de problemas sociais, similar a uma “Cracolândia”. Ele mencionou um terreno baldio próximo, já ocupado por moradores de rua com histórico de uso de drogas e atividades ilegais, alertando que a chegada de mais de 600 pessoas ao local poderia agravar significativamente a situação, transformando a área em um ambiente inseguro e problemático para os moradores do bairro. A falta de planejamento e diálogo prévio com a comunidade é apontada como um grave erro na decisão da prefeitura.
