RIO BRANCO
Natal em Rio Branco será marcado por compras cautelosas: presentes de até R$ 100 lideram expectativas

RIO BRANCO (AC) — Faltando poucos dias para o Natal de 2025, o comércio local de Rio Branco aposta em presentes acessíveis e estratégias de preço para atrair o consumidor, que segue com orçamento apertado. Uma pesquisa da Fecomércio revela que o consumo será mais moderado, com 49,5% dos empresários esperando que o gasto médio por cliente fique em até R$ 100 — confirmando um cenário de equilíbrio entre desejo de presentear e cuidado financeiro.
A expectativa, no entanto, é de otimismo moderado: 60,6% dos comerciantes projetam que o faturamento supere o de 2024, enquanto 15,6% esperam estabilidade e a mesma proporção antecipa queda. Para conquistar o público, os lojistas investem em descontos (42,7%), redução direta de preços (27,5%) e parcelamento sem juros (19,1%), buscando facilitar as compras.
Nas vitrines e balcões, as opções mais procuradas são kits de perfumes e cosméticos, brinquedos infantis (motos, pelúcias), eletrônicos de pequeno porte, informática, calçados e acessórios — itens que combinam utilidade e preço acessível, como registram imagens do fotojornalista Sérgio Vale, do ac24horas. “As pessoas pedem mais praticidade, então os kits prontos para presentes saem bastante”, conta Isis Lima, vendedora de uma perfumaria do centro.
Cláudio Rodrigues, que vende roupas masculinas, femininas e infantis, destaca a influência das cores: “Vermelho, branco, amarelo e verde são sempre os mais pedidos no fim de ano — esse ano não foi diferente”.
Os principais desafios apontados pelos empresários são o endividamento da população (30,1%), desemprego (22,1%) e insegurança econômica (14,7%), com inflação preocupando 12,5% do setor. Na hora do pagamento, a preferência é pelo à vista (49,5%), enquanto 46,8% adaptam condições à negociação e apenas 3,7% prioriza parcelas.
O pico das compras deve ocorrer na semana anterior ao Natal (33,9%), seguido pelo período após o pagamento do 13º salário (24,8%). Quanto ao emprego temporário, a maioria (64,8%) não pretende contratar funcionários extras, com 29,6% planejando reforçar o quadro apenas para atender à demanda do período.








