RIO BRANCO
No AC, homem que convive com cirrose hepática desde 1996 realiza transplante de fígado pela Fundhacre
A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) recebeu nesta quinta-feira, 7, em Rio Branco, proveniente do estado de Tocantins, um fígado destinado a transplante. Com isso, nas próximas horas o paciente Valdecio Gomes, de 41 anos, que já realizou os procedimentos de rotina indicados pela equipe de assistência da Fundhacre, deverá passar pela cirurgia tão esperada.
“Convivo com a cirrose hepática desde 1996, e não foi fácil chegar até aqui, pois a doença abala a mente. No decorrer dos anos, passei por algumas crises, sempre acompanhado por minha companheira incansável. Tive pessoas maravilhosas que me ajudaram até aqui, sobretudo na Fundhacre, como o médico Aloysio [Aloysio Coelho, cirurgião do aparelho digestivo], e toda a equipe da fundação, que me acolheu em todas as etapas, principalmente na minha última internação, de 12 dias”, relata Valdecio.
A equipe do Programa de Transplante da Fundhacre acaba de realizar uma visita para o paciente e, ao todo, há 30 profissionais envolvidos direta e indiretamente na realização do procedimento cirúrgico.
“Ficamos felizes quando a equipe do Serviço de Assistência Especializada (SAE) entrou em contato, e estamos com o pensamento positivo para a realização do transplante. Foi muita correria até aqui, mas conseguimos chegar”, diz a esposa do paciente, Maiza Monteiro.
“O Estado volta com o primeiro transplante de fígado após o início da pandemia, e são notórios os esforços das instituições de saúde e do governador Gladson Cameli para que isso seja realizado. Essa ação é uma reposta para a sociedade, e irá promover bem-estar e qualidade de vida para o paciente, que estava aguardando na fila de transplante nacional”, afirma o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.
“Este momento é de muita alegria, pois iniciamos o ano com chave de ouro com o retorno do transplante de fígado, que é um serviço que beneficia a população acreana. Isso aconteceu graças à força do Sistema Único de Saúde, que possibilitou a conexão entre os estados”, destaca a secretária de Saúde, Paula Mariano.