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No Acre, motorista é a 2ª vítima fatal de leptospirose em menos de 15 dias

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Foto: Robson da Silveira/PMPA

O motorista de aplicativo R.C, de 40 anos, é a segunda vítima fatal de leptospirose no Acre. O acreano estava internado na UTI da Fundação Hospital de Rio Branco há duas semanas, após ter contato com água das enchentes do Rio Acre.

A causa da morte foi Sepse, infecção generalizada causada pela forma evoluída da leptospirose, a Síndrome de Weil.

A vítima era morador do bairro Comara, no segundo distrito de Rio Branco. Com a residência alagada, o motorista precisou entrar na água para retirar os bens da família.

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Essa é a segunda morte causada pela doença no Acre em menos de 10 dias. A primeira aconteceu no último dia 15 de abril, em Cruzeiro do Sul, o cantor Diko Lobo, de 41 anos.

Na semana passada, o secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, disse com exclusividade ao ContilNet que já havia pelo menos 138 casos suspeitos da doença identificados só na capital acreana – que teve 90 bairros atingidos pelo transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes.

Pascoal explicou que a porta de entrada para os possíveis casos são as Unidades de Referência de Atenção Primária (Uraps), Maria Barroso, Roney Meireles e Cláudio Vitorino, que estão funcionando todos os dias das 7h às 22h, com atendimento especializado de médicos do Governo do Estado.

O que é a leptospirose?

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira, sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.

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O diagnóstico específico é feito a partir da coleta de sangue no qual será verificado se há presença de anticorpos para leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria (exame direto).

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