RIO BRANCO
Pacientes denunciam constrangimento em URAP de Rio Branco após profissional rejeitar atendimento

Pacientes da Unidade de Referência em Atenção Primária (URAP) Eduardo Assmar, situada na rua Salim M. Farhat, no Bairro Quinze, em Rio Branco, relataram momentos de revolta e constrangimento nesta quinta-feira, 2. O episódio ocorreu quando uma profissional de saúde interrompeu o atendimento, deixando os pacientes sem assistência.
Apesar do horário oficial de funcionamento ser das 7h às 17h, pessoas que chegaram ao local por volta das 15h, principalmente na sala de vacinação, foram informadas de que os serviços seriam encerrados às 16h30. Uma funcionária justificou a decisão alegando estar sozinha, sobrecarregada e no limite do expediente, recomendando aos presentes que retornassem outro dia.
Entre os prejudicados estavam idosos, moradores da zona rural e pais com crianças de 2 a 6 anos, que aguardavam para receber vacinas. Muitos se mostraram indignados com a situação e saíram do local sem atendimento.
“É um absurdo sair da zona rural com meu filho para vacinação e, ao chegar, descobrir que não há triagem ou distribuição de senhas. Agora, porque a funcionária está sozinha e o horário avançou, simplesmente não seremos atendidos? Isso é desrespeito total”, desabafou uma paciente.
Outro cidadão também criticou o atendimento: “Nos trataram com ignorância, como se fôssemos culpados pela má gestão e pela sobrecarga da profissional. Nos sentimos humilhados.”
A equipe do Na Hora da Notícia que acompanhou os fatos, tentou contato com a direção da unidade, mas foi informada de que a responsável já havia deixado o local antes do término do expediente.
O secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, foi acionado por mensagem para comentar o caso, mas não respondeu.
Em sua defesa, a funcionária que interrompeu os atendimentos relatou ter retornado recentemente ao trabalho após testar positivo para COVID-19. Segundo ela, a sobrecarga decorre da ausência de apoio da Secretaria Municipal de Saúde e da coordenação da unidade, que não têm solucionado o déficit de funcionários.
Essa situação reflete um problema mais amplo: a falta de estrutura e gestão eficiente nos serviços de saúde pública, que prejudica tanto os profissionais quanto os cidadãos que necessitam de atendimento.
