RIO BRANCO
Parque Industrial chega a 44 fábricas e Acre herda 120 lotes da ZPE para impulsionar segmento
O setor da indústria no estado do Acre vem sendo trabalhado de forma minuciosa pela Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e outras instituições preocupadas com o segmento que promete alavancar a economia local nos próximos anos. A alteração de regimento na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) permite agora a concessão de mais 120 terrenos para empresas que desejam investir e se desenvolver no estado.
Isso porque o Parque Industrial do Acre, localizado no Segundo Distrito de Rio Branco, está com sua capacidade máxima quase atingida por indústrias acreanas. O espaço existe há 18 anos e foi implantado em duas etapas, sendo a primeira entregue em 2004 e a segunda no ano de 2014. A gestão do Parque é desempenhada pela própria Seict no Acre, com o intuito de promover o desenvolvimento de novas plantas industriais e fortalecer os investimentos já existentes e que almejam expandir a sua planta industrial.
Para o atual gestor da secretaria, Assur Barbary, trata-se de um espaço promissor para a geração de empregos. O Parque possui capacidade para atender a instalação de pelo menos 52 indústrias e está com 44 ocupando os terrenos direcionados a diversos segmentos, entre eles: artefatos de concreto e argamassa, beneficiamento de madeira, beneficiamento de castanha, fabricação de ração, usina de asfalto, fabricação de artefatos em couro, fabricação de embalagens plásticas, fabricação de material de limpeza, fabricação de tanques e pias em fibra e etc.
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O local acaba de passar por uma vasta reforma em sua infraestrutura. “Atualmente alguns terrenos estão com projetos em implantação. No decorrer de seu funcionamento, o Parque Industrial passou por revitalização, manutenção e limpeza periódica. Porém, nesta última revitalização, que se encontra em fase de conclusão, ocorreu um avanço principalmente na área da sua infraestrutura, com a melhora do sistema viário, iluminação e construção de um pórtico com guarita para o acesso principal. Além disso, houve ainda o resgate dos processos de concessão e conversão para propriedade dos terrenos”, explica o secretário.
O objetivo a partir de agora em relação à infraestrutura do local é finalizar o cercamento do parque, garantindo mais segurança, além de dotar o espaço com internet e vigilância eletrônica. “Uma outra ação será a criação de um condomínio de indústrias, que vai permitir maior autonomia para os empresários buscarem soluções para a melhoria da segurança e infraestrutura”, afirma Assur.
O empreendedor que deseja solicitar aérea no Parque Industrial, deve estar com a empresa constituída no Acre e efetivamente classificada como indústria e elaborar e protocolar na Comissão Da Política De Incentivos Às Atividades Industriais (Copiai) um projeto técnico (plano de negócios), contendo a documentação de habilitação solicitada na legislação específica.
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A Fieac, instituída por decreto governamental como participante da Câmara Técnica da Copiai, atua na elaboração do parecer técnico dos Planos de Negócios protocolados que pleiteiam a concessão de área no Parque Industrial. De acordo com o estado, a entidade participa também na Comissão de Análise e Aprovação dos Planos de Negócios. “A Fieac tem apoiado e reivindicado as melhorias no espaço, além de apoiar na criação do condomínio empresarial. O governo, por sua vez, tem buscado atender a estas demandas dentro de sua condição”, esclarece a Seict.
De acordo com Assur, ainda que todos os terrenos estejam em processo de ocupação no Parque Industrial, os espaços disponíveis estão limitados por lá, por isso, a necessidade de viabilizar um espaço com projeto de um novo ambiente industrial e o diferencial de possuir espaços focados por segmentos.
Novo uso da ZPE
Pensando em facilitar a vida do empresário e utilizar melhor os espaços que tem, o governo acreano vem direcionando empresas interessadas para os terrenos que antes eram conhecidos como o conglomerado ZPE. Os mesmos dispõem de uma área de 130 Ha, com 120 lotes aptos para indústrias.
“A ZPE, que antes ficava em Senador Guiomard, teve mudança na sua legislação e com isso, o regime, que era especial para indústrias que queriam exportar, não são obriga mais a ficar no parque. O Parque ZPE vira um parque industrial normal”, destaca o representante da Seict. Hoje, quando uma indústria quer se instalar no Acre, é esse espaço que vem sendo oferecido.
“Com isso podemos atrair novas indústrias ao estado, já que os terrenos ali na ZPE são dotados de infraestrutura. São 120 terrenos disponíveis e já existe a procura de empresas procurando sua instalação”, complementa, ressaltando que o governo local ainda planeja recuperar a infraestrutura de todos os parques e pólos industriais não só de Rio Branco, mas nos polos moveleiros dos municípios.
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Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Acrelândia, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri são cidades que possuem seus pólos moveleiros. “Também estamos trabalhando na regularização fundiária dos ocupantes. Temos empresários nos polos moveleiros e parques industriais que ocupam o terreno, mas que historicamente ficaram sem sua regulamentação. Por isso estamos trabalhando para a entrega dessas concessões dos galpões e terrenos”, assegura Barbary.
O estado vê como uma ação importante a concessão dos terrenos aos empreendedores, uma vez que garante segurança jurídica para os empresários que estão lotados nesses locais espalhados pelo Acre. “Estamos com a proposta de criar um novo Parque Industrial em Rio Branco, que vai ser segmentado a fim de melhorar a organização da ocupação, tipologia de indústrias. Queremos ainda ampliar o Parque de Cruzeiro do Sul, já visualizando uma futura integração da cidade com Pucallpa, no Peru”, conclui o secretário.