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Pesquisadores que monitoram qualidade do ar precisam de ajuda para continuar as operações

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O projeto Acre Queimadas, responsável pela rede de monitoramento da qualidade do ar no Acre, está enfrentando sérios desafios e precisa urgentemente de apoio financeiro para continuar operando de forma eficiente. O relatório mais recente divulgado revelou que a qualidade do ar no estado vem se deteriorando desde julho, com um aumento significativo na concentração de material particulado em setembro. Essa rede de monitoramento, que foi estabelecida em 2019 graças à iniciativa conjunta do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e da Universidade Federal do Acre (UFAC), é fundamental para medir a qualidade do ar respirado pelos acreanos.

No entanto, o relatório também apontou algumas falhas preocupantes na rede. Todos os municípios do Acre enfrentam períodos sem medições, e dois deles não tiveram nenhuma medidas registrada em 2023. Diante dessa situação, é crucial desenvolver estratégias eficientes para garantir o pleno funcionamento dessa rede tão importante.

A pesquisadora Sonaira Silva, responsável pelo relatório, ressalta que, mesmo com suas limitações, a rede de monitoramento revela extremos de poluição aos quais a população acreana está exposta devido às queimadas. Um exemplo disso é o município de Marechal Thaumaturgo, que registrou uma média diária de 103μg/m3 – seis vezes acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

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Willian Flores, pesquisador da Universidade Federal do Acre e envolvido tanto no projeto Acre Queimadas quanto na administração da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar, destaca que chegou o momento em que essa rede precisa de apoio para continuar funcionando adequadamente. Os sensores utilizados, os PurpleAir PA-II-SD de baixo custo, têm uma vida útil de aproximadamente dois anos, e agora a maioria deles precisa ser substituída. Portanto, é imprescindível o apoio financeiro de instituições públicas, privadas e governamentais para garantir a continuidade das operações da rede e também para as atividades de manutenção.

Flores ressalta que a administração do projeto está em busca de diálogos e alternativas que possam viabilizar fontes de apoio financeiro público para a continuidade desse importante monitoramento. “É fundamental que o auxílio venha de todas as esferas: federal, estadual e municipal, bem como do setor privado. Somente com um investimento adequado será possível manter a rede em pleno funcionamento, protegendo assim a saúde e o bem-estar da população acreana diante dos desafios ambientais enfrentados atualmente”, explica o pesquisador.

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