RIO BRANCO
Ponte nova em Rio Branco apresenta problemas seis meses após inauguração

A recém-inaugurada ponte Almir Ferreira Resende, que liga os bairros Canaã e Belo Jardim em Rio Branco, apresenta rachaduras e problemas estruturais preocupantes apenas seis meses após sua entrega oficial em 30 de setembro de 2024. A obra, que custou R$ 8,5 milhões aos cofres públicos, já mostra sinais de deterioração significativos, levantando sérias questões sobre a qualidade da construção e a fiscalização do projeto.
Uma visita ao local revelou rachaduras de até 5 cm de largura na cabeceira da ponte, na margem do bairro Canaã, no sentido Canaã/Belo Jardim. A área afetada fica antes mesmo do vão principal sobre o Igarapé do Judia. Além das rachaduras, trechos do calçamento apresentam-se suspensos, indicando possível pressão ascendente na estrutura. Essas falhas comprometem a segurança e a integridade da ponte, colocando em risco os moradores e usuários da via.
O contraste entre as declarações do então Secretário de Infraestrutura, Cid Ferreira, durante a inauguração, e a atual situação da ponte é gritante. Na ocasião, Ferreira assegurou que a estrutura da ponte foi projetada para suportar o aumento da criticidade previsto para as alagações na região, afirmando ser uma “ponte diferenciada”. A realidade, contudo, demonstra uma fragilidade preocupante, questionando a eficácia do projeto e a qualidade dos materiais utilizados na construção.
A ausência de pronunciamento oficial da Prefeitura de Rio Branco sobre o ocorrido agrava a situação. A falta de transparência e a demora em se manifestar geram ainda mais incertezas e preocupações entre a população. A urgência em se apurar as causas dos danos, bem como a definição de medidas para reparação e prevenção de acidentes, são imprescindíveis. A população espera uma resposta rápida e eficaz da prefeitura, garantindo a segurança e a durabilidade de uma obra pública de grande importância para a comunidade.
