RIO BRANCO
Professor da Ufac suspenso alega perseguição e racismo institucional
O professor de Geografia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Cristovão Henrique Ribeiro da Silva, suspenso por 54 dias, afirma ser vítima de uma campanha de perseguição dentro da universidade, orquestrada por alunos e colegas docentes. Em um vídeo publicado nesta sexta-feira (11), ele nega as acusações de que teria dito que “geografia é um curso de pobre”, afirmando que suas falas foram distorcidas e usadas para manchar sua reputação.
O professor, que está na Ufac há cinco anos, também se defende de acusações de ter dito a um estudante que ele deveria “se matar” e de ter proferido palavrões em sala de aula. Ele argumenta que sua trajetória na universidade, marcada por intensa produção acadêmica e engajamento em projetos de pesquisa, extensão e ensino, incomodou setores da instituição, levando a uma campanha difamatória com o objetivo de prejudicar sua carreira.
Cristovão denuncia ainda ser alvo de racismo institucional, tanto dentro quanto fora da Ufac. Ele compartilhou nas redes sociais prints de mensagens ofensivas e até ameaças de morte que recebeu, afirmando que a perseguição que sofre há 19 meses é motivada por preconceito racial. “Se é negro, é bandido, é fora de controle e tem de sair imediatamente da universidade ou, como lemos, ‘tem de morrer'”, relatou o professor.
O professor, que se declara vítima de injustiças, afirma que sua trajetória sempre foi pautada pela integridade e dedicação à educação. Ele garante que seguirá lutando contra a perseguição e o racismo que enfrenta, buscando defender sua honra e o direito de continuar atuando na universidade.
O caso do professor Cristovão levanta questões importantes sobre a cultura de perseguição em ambientes acadêmicos e a necessidade de combater o racismo institucional em todas as esferas da sociedade. A Ufac, por sua vez, ainda não se manifestou sobre as denúncias do professor.