RIO BRANCO
Professores e servidores denunciam golpe na retirada da tabela do PCCR no Acre
Professores e servidores da educação estadual reuniram-se em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre para discutir o Piso Nacional do Magistério e a reconstrução da tabela do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Durante o encontro, os profissionais expressaram sua preocupação com a retirada da tabela do PCCR, que consideram um golpe contra seus direitos.
O deputado Edvaldo Magalhães, propositor da audiência, reconheceu a importância dos trabalhadores em Educação e elogiou o esforço do movimento “Cabeças Brancas”, que representa os aposentados do setor educacional. Ele expressou preocupação com a possível redução na tabela de carreira dos profissionais da Educação, destacando que isso seria um golpe contra uma conquista histórica da categoria.
Durante a audiência, a representante sindical Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), expressou frustração com a falta de apoio e reconhecimento por parte da base governista na Assembleia Legislativa. Ela ressaltou a importância da data base e lamentou as injustiças cometidas contra a categoria, como a redução nos percentuais do PCCR.
Os profissionais da área também compartilharam suas experiências e desafios enfrentados. Um servidor de apoio, com 39 anos de dedicação à Educação, expressou frustração por não receber benefícios e reconhecimento adequados, mesmo após décadas de serviço. Ele ressaltou a necessidade de lutar pelos direitos dos trabalhadores em Educação.
Durante a audiência, foram abordadas questões relacionadas aos números e à arrecadação do Estado. O representante da Secretaria de Estado da Fazenda mencionou o contingenciamento feito pelo Governo Federal, que pode impactar indiretamente na economia local e nos repasses para o Tesouro Estadual.
Ao final da audiência, o diretor da Secretaria de Estado de Educação destacou a continuidade dos estudos técnicos em colaboração com os sindicatos. O deputado Edvaldo Magalhães ressaltou a importância de buscar pontos de convergência para avançar no diálogo entre todas as partes envolvidas.
Ele propôs que as equipes técnicas do governo, das secretarias da Educação e da Fazenda, juntamente com os sindicatos e com a mediação da Assembleia, se unam para discutir a questão de forma aprofundada. O objetivo seria comprovar, por meio de análises técnicas, a viabilidade da reestruturação da tabela salarial e discutir também o déficit da Previdência.
Em conclusão, a audiência pública destacou a importância do diálogo e da negociação para reestruturar os direitos perdidos pelos trabalhadores da Educação. A busca por soluções coletivas e a valorização dos profissionais são fundamentais para o avanço da educação no Acre.