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Sem chuvas, Rio Acre fica abaixo de 1,70 metro na capital: ‘situação muito preocupante’

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Sem chuvas expressivas este mês, a estiagem se intensifica e o nível do Rio Acre continua baixando na capital acreana. Nesta terça-feira (23), o manancial marcou 1,71 metro, uma das menores marcas do ano, e a Defesa Civil Municipal busca soluções para minimizar os impactos da seca.

A menor cota registrada no ano foi na segunda (22), quando o Rio Acre chegou marcou 1,68 metro. À Rede Amazônica Acre, o coordenador do órgão municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, falou sobre as ações feitas para levar água às comunidades rurais, o atendimento disponibilizado para esses moradores e outras medidas colocadas em prática para ajudar a população.

“É uma situação muito preocupante, haja vista que estamos em período com muito escassez de água, de chuva e isso reflete no bem estar das pessoas, especialmente na zona rural onde lá normalmente não se acaba poços nem represas e agora se seca. A escassez de chuva começa no final de maio e vai se intensificando, então, temos um trimestre que é bastante complicado, que é nos meses de julho, agosto e setembro, sendo que desses três meses o pior é setembro”, destacou.

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O mês de setembro preocupa tanto porque foi a época do ano em que o Rio Acre registrou a menor cota na capital desde 1971, ano em que começou o monitoramento. No dia 17 setembro de 2016, o manancial marcou 1,30 metro.

Com a aproximação do mês, o coronel explicou que o trabalho é redobrado para garantir a assistência à população, principalmente aos moradores das comunidades distantes.

“É um momento de muito trabalho da Defesa Civil para poder minimizar os impactos que a seca traz, vale ressaltar que é um período que 100% da população é afetada, diferente das inundações, e por isso precisamos intensificar. Uma das principais atividades nesse momento da Defesa Civil é levar água potável à zona rural evitando doenças, evitando que a população rural sofra bastante”, pontuou.

Operação Estiagem foi iniciada no dia 11 de julho para atender 18 comunidades rurais da capital. Até esta terça, mais de 3 mil famílias já foram atendidas pelas equipes. Em 2021, a operação atendeu 17 comunidades com mais de 8,3 mil beneficiados. A ação é feita desde 2019.

Falcão falou que a Defesa Civil Municipal também acompanha e abastece alguns bairros da zona urbana que têm sofrem com escassez de água nesta época do ano.

“Temos recebido na Defesa Civil inúmeros pedidos de várias comunidades, já atendemos mais de 3 mil famílias nesse momento e estamos praticamente no limite. Temos mais pedidos e estamos em busca dessas soluções para minimar também os impactos dessa seca que vai perdurar até o final de outubro ou início de novembro”, contou.

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Variação na temperatura

O coronel falou ainda sobre o aumento da temperatura ao longo da manhã. Após o frio do último fim de semana que atingiu o Acre e também vários estados do país, as manhãs na capital acreana começam frias, com a temperatura por volta dos 18ºC a 19ºC, e depois há uma variação enorme após às 10h e a temperatura chega a 35ºC.

Segundo o coordenador, a sensação térmica fica em torno de 40ºC. “Isso prejudica diretamente a saúde de todos nós, não conseguimos suportar. Estamos, praticamente, em um clima de deserto, contudo, essas madrugadas e manhãs muito frias devem continuar até o final de agosto e depois teremos uma onda de calor maior, ou seja, em todos os períodos vai ficar muito quente”, acrescentou.

Falcão relembrou alguns cuidados que precisam ser reforçados essa época do ano para manter uma boa saúde.

◾São eles:

▪️Tomar bastante água;
▪️Não se expor ao sol;
▪️Umidificar quartos e outros ambientes onde dormimos;

“Com muito cuidado, zelo, conseguimos passar por isso, mas sofremos um pouquinho”, orientou.

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