RIO BRANCO
Sem investimento público, psicultura cresce 3,2% no Acre
Publicado recentemente, o Anuário da Psicultura 2023 traz profunda análise crítica do setor no Acre. As notícias, no entanto, não são tão ruins porque houve crescimento de 3,2% na produção de pescado no Acre em 2022, que registrou 3.860 toneladas produzidas contra 3.740 t no ano anterior -mas ainda há perdas consideráveis desde que a empresa estatal Peixes da Amazônia S/A encerrou suas atividades. Quando isso aconteceu a psicultura entrou em declínio mas aparenta recuperação.
Publicado pela Associação Brasileira de Psicultura (PeixeBR), o Anuário diz exatamente isso: “A dependência de recursos públicos para manter a atividade de piscicultura levou a uma estagnação do setor quando o Estado deixou de repassar recursos”.
Essa falta de investimentos oficiais, no entanto, não impediu que o setor mantivesse as boas perspectivas, sustentadas pelas características locais. De acordo com o próprio governo do Acre, o Estado apresenta grande potencial de produção, favorecido por condições naturais como por exemplo clima, topografia, localização geográfica e o desenvolvimento de espécies regionais.
Para suprir a demanda da população local, o mercado recorre ao pescado cultivado, principalmente, em Rondônia. Embora faltem investimentos governamentais mais incisivos para que o setor evolua, é importante destacar que o entendimento de que o estado é o único responsável pela piscicultura impede que a atividade se desenvolva a partir de investimento do próprio setor produtivo.
Existe uma infraestrutura no Estado de produção, principalmente viveiros escavados, porém a distância dos grandes centros consumidores é uma das dificuldades a serem vencidas para tornar a atividade econômica viável na região.
No Acre, são dez municípios produtores, segundo o Anuário. Rio Branco é o líder, seguido por Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Feijó, Porto Acre, Bujari, Acrelândia e Tarauacá.