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SEM PAGAMENTO: Músicos que tocaram no carnaval ainda não receberam do governo do Acre

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Os músicos acreanos voltam a reclamar do governo do Acre do que chamam de desrespeito com os artistas locais. Depois de ser divulgada a greve dos músicos que tocam no Senadinho e o assunto repercutir na Assembleia Legislativa, agora é a vez de músicos que foram contratados e tocaram no carnaval deste ano denunciarem que ainda não receberam os seus pagamentos.

A última noite do carnaval deste ano foi no dia 21 de fevereiro. Ou seja, após mais de 6 meses, nada de pagamento. Um dos músicos de uma banda que tocou no carnaval, e pediu para não ser identificado, conta que o cachê foi dividido em duas partes. Uma parte seria de responsabilidade da prefeitura, que pagou os músicos. No entanto, a outra metade, de responsabilidade do governo acreano, não foi paga até hoje.

“O combinado era isso, a prefeitura honrou seu compromisso, mas o governo não nos paga. Isso é um absurdo, quem é ou conhece os músicos do Acre sabe da dificuldade que já vivemos. Uma completa falta de respeito. Estamos falando de mais de seis meses de atraso”, denuncia.

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Os músicos questionam ainda a diferença no tratamento entre os artistas locais e os músicos que vêm de fora. “Tivemos na Expoacre a apresentação de uma cantora de fora, agora vamos ter na Expoacre Juruá. Pergunta se os milhares de reais cobrados não foram pagos na hora. Ou seja, para quem é da terra e ganha pouco é um tratamento desrespeitoso e não tem recurso, mas para quem tem cachê milionário, tem dinheiro em caixa, só queríamos que alguém explicasse isso”, afirma.

A reportagem procurou o governo do estado. A Fundação Elias Mansour se pronunciou, confirmou o atraso no pagamento dos músicos acreanos e disse que aguarda liberação financeira da Secretaria de Fazenda. Apesar dos mais de seis meses de atraso e de afirmar que são sensíveis à situação, não há uma previsão para o pagamento.

“A Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) enquanto gestora da política estadual de cultura do Acre avançou nos trâmites administrativos quanto à formalização de suas despesas em conformidade com a legislação vigente. Os processos internos foram finalizados e estão aguardando liberação financeira da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para que sejam providenciados os respectivos pagamentos. A Sefaz e a FEM são sensíveis à situação e esperamos que os pagamentos sejam regularizados com a maior brevidade possível”, diz a FEM.

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