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Stalking atinge 92 mulheres no Acre em 2025, interior concentrando maioria dos casos

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Rio Branco, AC – Dados alarmantes do Departamento de Inteligência e Coordenação de Dados Estatísticos da Polícia Civil do Acre revelam que, em 2025, 92 mulheres foram vítimas de stalking no estado. A maioria dos casos, conforme levantamento divulgado nesta quinta-feira (4), ocorre no interior e atinge principalmente mulheres jovens.

O stalking, criminalizado no Brasil desde 2021 pela Lei 14.132, é definido como a perseguição obsessiva e insistente, seja presencialmente ou por meios digitais, que causa medo, angústia, restrição de liberdade ou risco à integridade física e emocional da vítima. Essa prática pode envolver vigilância constante, envio repetitivo de mensagens, aproximações indesejadas, ameaças veladas ou explícitas, e outras formas de assédio que perturbam a rotina e a segurança da pessoa perseguida.

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O levantamento aponta que a faixa etária mais afetada é a de 18 a 29 anos, com 48 registros. Em seguida, aparecem as mulheres entre 30 e 39 anos (19 casos) e entre 40 e 49 anos (18 casos). Adolescentes de 0 a 17 anos e mulheres com 50 anos ou mais registraram dois casos cada.

A análise por município revela que Rio Branco concentra o maior número de denúncias, com 40 boletins de ocorrência (cerca de 43% do total). Cruzeiro do Sul aparece em segundo lugar, com 14 BOs, seguido por Sena Madureira (8) e Senador Guiomard (7). Apesar de a capital liderar em números absolutos, a maioria das ocorrências (52%) se concentra nos municípios do interior.

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Quanto ao perfil das vítimas, 57 mulheres se declaram pardas, 14 se identificam como brancas e 7 como pretas. Em relação ao comportamento das denúncias ao longo do ano, o primeiro semestre registrou maior incidência, com 15 boletins em maio e junho. A partir de agosto, houve uma queda nos números, com 10 casos no mês e 7 em setembro.

Os dados também revelam padrões sobre dias e horários de ocorrência. O domingo é o dia com maior volume de notificações, com 15 registros, seguido pela terça-feira (14) e pela sexta-feira (13). A noite lidera como o período do dia com mais ocorrências (31), seguida pela manhã (29).

Os números reforçam a necessidade de políticas públicas de prevenção e combate ao stalking, com foco na proteção das mulheres e na conscientização sobre os impactos desse crime.

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