Tempo para recuperar tragédia no Rio Acre é inestimável, Diz Bióloga

A tragédia ambiental que vitimou peixes e outros animais no Rio Acre, na capital acreana, expõe a fragilidade do ecossistema e a urgência de ações para proteger o manancial. A bióloga Paula Joseanny, chefe da divisão de fauna do Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC), destaca a gravidade do desastre e a necessidade de ações imediatas para reverter os impactos.

“A morte de peixes, arraias, caranguejos, cobras e outros animais, além de ser um sinal de alerta para a saúde do rio, também revela a riqueza biológica que ainda existe no Rio Acre, mesmo em condições precárias”, afirma a bióloga. “A diversidade de espécies que encontramos, muitas delas desconhecidas, demonstra a importância de proteger esse ecossistema.”

A bióloga ressalta que a recuperação do Rio Acre será um processo lento e desafiador. “O tempo para recuperar a tragédia é inestimável. A cadeia alimentar foi rompida, e o impacto da morte desses animais é imprevisível. Podem ser necessários anos para que o ecossistema se restabeleça”, alerta.

A investigação das causas do desastre aponta para a ação humana como principal suspeita. “As amostras coletadas da água e dos animais mortos estão sendo analisadas, mas tudo indica que o desastre foi provocado por algum tipo de poluição, seja por despejo de material químico ou por outras substâncias nocivas”, explica Joseanny. “A chuva que caiu na sexta-feira (4) também estava contaminada por causa das queimadas, que foram iniciadas por ação humana.”

A tragédia no Rio Acre serve como um alerta para a necessidade de ações urgentes para proteger os recursos hídricos e a biodiversidade. É preciso garantir a fiscalização e o cumprimento das leis ambientais, além de investir em educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da preservação dos rios e da natureza.