RIO BRANCO
Tendências Divergentes: Dengue apresenta queda, chikungunya em ascensão no Acre
O mais recente Boletim Epidemiológico Semanal das Arboviroses divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre – SESACRE nesta quinta-feira (04) revela um cenário contrastante no estado em relação às doenças transmitidas por vetores. Enquanto os casos prováveis de dengue apresentaram uma ligeira redução de -3% em comparação ao ano anterior, os registros de Chikungunya dispararam, com um alarmante aumento de 559,4% entre a 1ª e a 26ª semanas de 2024 em relação ao mesmo período de 2023.
Os dados alarmantes apontam que, em 2023, o estado contabilizou apenas 32 casos prováveis de Chikungunya nas primeiras 26 semanas. Contudo, em 2024, esse número saltou para 211 casos suspeitos, com 158 confirmações. Apesar do crescimento expressivo, totalizando uma incidência de 25,4 casos por cada 100 mil habitantes, não houve registros de óbitos decorrentes da doença.
Além disso, o boletim também destaca a presença da Febre Mayaro no estado. De um total de 1.306 amostras coletadas entre 2023 e o início de julho de 2024, apenas 7 casos foram confirmados, evidenciando a baixa prevalência da doença.
No que diz respeito ao Zika Vírus, observa-se um aumento significativo de 33% nos casos em 2024 comparado ao ano anterior. Dos 47 registros confirmados distribuídos em 14 municípios acreanos, nenhum resultou em óbito. Em contrapartida, em todo o ano de 2023 foram notificados 88 casos.
Segundo o boletim epidemiológico, enquanto em 2023 foram registrados um total de 3.122 casos de dengue no Acre, somente nas primeiras 26 semanas de 2024 esse número já foi ultrapassado, com 3.027 casos prováveis e 2.573 confirmados. Essa incidência na população representa uma média de 364,7 infecções a cada 100.000 habitantes. Felizmente, não houve óbitos relacionados à doença até o momento.
A situação das arboviroses no Acre exige atenção e ação coordenada para conter a propagação dessas doenças e proteger a saúde da população.