RIO BRANCO
Última participação pública de Betão: Em Cavalgada 2025, ele chamou festa de “melhor do Acre”

RIO BRANCO (AC) — O pecuarista e empresário Edilberto Afonso de Moraes, o Betão, figura emblemática do agronegócio acreano que faleceu aos 73 anos na noite do domingo (28), participou da Cavalgada 2025 em 26 de julho — naquela que seria sua última presença pública em um dos eventos mais tradicionais do estado. Na ocasião, em clima de celebração, ele chamou a festa de “a melhor do Acre”.
Acompanhado da família, amigos e da vice-governadora Mailza Assis durante o desfile que marca a abertura da Expoacre, Betão afirmou em entrevista: “Graças a Deus, mais uma cavalgada. Trouxe todo mundo hoje, todo mundo veio. Essa é a melhor festa do Acre”.
Betão faleceu no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco, por causa de insuficiência respiratória aguda decorrente da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Ele deixa viúva, três filhos, nove netos e duas bisnetas.
Filho de pais cearenses que migraram para o Acre no Ciclo da Borracha, nascido em Rio Branco em 1952 (um dos nove filhos de uma família ligada ao campo), sua história se confunde com a econômica do estado. Ele foi idealizador do primeiro frigorífico acreano, o Frisacre (inaugurado em 1988, que gerou mais de 500 empregos diretos), dono da Fazenda Piracema (transformada em espaço de lazer familiar na Estrada Transacreana) e comandou diversos empreendimentos.
Iniciou a vida profissional cedo: trabalhou em olaria, foi taxista, teve boteco e boutique, e atuou por anos como marreteiro, comprando e vendendo gado a cavalo. “Desde novinho sempre tive vontade de conquistar as coisas. Sempre fui o mais saído da família”, relembrou em entrevista em 2015.
O velório é realizado nesta segunda-feira (29), a partir das 5h, no Sesc Bosque, em Rio Branco.








