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RIO BRANCO

Unimed nega tratamento vital a criança com doença rara no Acre

Publicado em

Marcus Vinicius Girado Teixeira, pai de Bruno Vinícius Troiani Teixeira, de 11 anos, enfrenta uma batalha árdua contra a Unimed, que nega o tratamento necessário para seu filho. Bruno possui uma mutação genética rara associada ao gene KCNQ5, espectro autista severo e epilepsia incontrolável, sofrendo crises e convulsões diárias. A esperança reside em um implante de estimulação cerebral profunda (DBS), procedimento que custa cerca de R$ 400 mil e não é coberto pelo plano de saúde.

A negativa da Unimed se baseia na alegação de falta de referência para a variante genética única de Bruno, e na necessidade de esgotamento de todas as alternativas de tratamento antes da cirurgia. O médico da Unimed, segundo Marcus, alegou não compreender o caso, indicando a necessidade de recorrer à justiça. Essa negativa representa a terceira tentativa frustrada de obter aprovação para o tratamento. A situação é agravada pelo fato de Bruno apresentar um atraso global no desenvolvimento, não falar, e ter o cérebro deteriorando a cada crise epilética.

A busca por ajuda levou Marcus a contatar inúmeros neurologistas e neurocirurgiões, com pouco sucesso. Após inúmeras tentativas, ele encontrou dois especialistas: o Dr. Paulo, da Santa Casa de Porto Alegre, que solicitou exames e ainda não se manifestou, e o Dr. Hélio, de Goiânia, que se mostrou disposto a auxiliar sem preocupações financeiras. O Dr. Hélio, durante uma teleconsulta, identificou uma anomalia na ressonância magnética não percebida por outros médicos, reforçando a necessidade do implante de DBS e assegurando que a Unimed cobriria cerca de 80% do procedimento.

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A Unimed, no entanto, mantém sua negativa, alegando a necessidade de esgotar todas as alternativas de tratamento. Marcus, que abandonou sua carreira como cirurgião-dentista para cuidar do filho, enfrenta dificuldades financeiras significativas. Ele e sua esposa se revezam nos cuidados de Bruno e de seu outro filho, Pedrinho, de seis anos.

Sem recursos financeiros para arcar com o custo do tratamento, Marcus recorre a amigos, um advogado e a uma vaquinha online para arrecadar fundos. A viagem para Goiânia, para o procedimento com o Dr. Hélio, também representa um custo adicional. A Unimed, por sua vez, afirma ter contatado Marcus para solicitar documentação adicional para análise do caso.

A história de Marcus e Bruno destaca a fragilidade do sistema de saúde em lidar com casos raros e a luta incessante de famílias que buscam tratamento adequado para seus filhos. A falta de resposta da maioria dos médicos e a negativa da Unimed ilustram as barreiras enfrentadas por pacientes em busca de assistência médica especializada. A urgência do caso e a complexidade da situação exigem uma solução rápida e eficaz para garantir a saúde e o bem-estar de Bruno.

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