RIO BRANCO
Unimed Rio Branco: Pais reivindicam transparência em terapias após criança quebrar braço
A Unimed Rio Branco enfrenta um impasse com pais de crianças que utilizam os serviços do plano de saúde. Após uma menina de cinco anos ter quebrado o braço durante uma sessão de terapia, mães se uniram e elaboraram um abaixo-assinado com cerca de 400 assinaturas, pedindo maior transparência durante o atendimento.
O caso da menina, que teve o braço engessado por 30 dias, gerou indignação entre os pais. Patrícia Falcão, mãe da criança, relata que a filha saiu da sala chorando após a sessão, e que a terapeuta justificou a situação como um acidente durante uma dança, mas que o momento da queda não foi registrado pelas câmeras. “A Unimed não ofereceu apoio para cuidar da minha filha durante os 30 dias com o gesso, mesmo sendo o braço direito, e só ajudou no último dia com o raio-x e a retirada do gesso”, desabafa Patrícia.
O abaixo-assinado, que sugere medidas como a instalação de câmeras nas salas de terapia, a criação de grupos online para acompanhamento das sessões e a implementação de “vidro espião”, foi ignorado pela Unimed. Sem resposta do plano de saúde, as mães pretendem realizar uma manifestação na Cidade da Justiça na próxima quinta-feira, às 9h.
Em nota, a Unimed Rio Branco afirmou que é uma empresa privada e não reconhece abaixo-assinados como forma válida de solicitação, alegando ainda que os pais foram pressionados a assinar o documento.
O caso coloca em evidência a necessidade de maior diálogo e transparência entre a Unimed e os pais de crianças que utilizam seus serviços, especialmente quando se trata de terapias que exigem cuidados e acompanhamento. A falta de resposta da Unimed ao abaixo-assinado e a decisão de não oferecer apoio à família da menina após o acidente levantam questionamentos sobre a postura da empresa em relação à segurança e ao bem-estar dos seus beneficiários.
Nota Unimed
A Unimed Rio Branco, empresa privada de saúde suplementar, esclarece que todas as solicitações e pedidos de clientes devem seguir os procedimentos administrativos de abertura de protocolo nas frentes de atendimento, seja de forma presencial ou online, conforme exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por não ser uma instituição pública, a Unimed Rio Branco não reconhece abaixo-assinados como forma válida de solicitação. Além disso, recebemos relatos formalizados de uma pressão indevida sobre os pais de pacientes do Instituto Unimed Terapias para aderirem ao abaixo-assinado, o que repudiamos, especialmente em um ambiente terapêutico.
Reiteramos nosso compromisso com a segurança e o respeito tanto aos profissionais de terapia quanto aos pais. A instalação de câmeras ou de portas com visores transparentes não isenta a necessidade da presença dos responsáveis no prédio durante as terapias, para que possam ser acionados em caso de qualquer intercorrência ou necessidade de auxílio nas atividades terapêuticas.
Adicionalmente, a Unimed Rio Branco segue as orientações dos conselhos de classe, como o Conselho Federal de Psicologia, que estabelece no artigo 9º: “[…] é dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.”
A Unimed Rio Branco permanece à disposição pelos canais oficiais, pelo e-mail sac@unimedrb.com.br ou pelo WhatsApp (68) 2106-4510.