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Violência contra indígenas no Acre: três mortes em 2024 exigem ação urgente

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O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) divulgou seu relatório anual sobre violência contra povos indígenas, revelando um cenário preocupante no Acre. Em 2024, o estado registrou três assassinatos de indígenas, um número que, embora pareça pequeno em comparação com outros estados, representa uma grave violação dos direitos humanos e um sinal alarmante da crescente insegurança em terras indígenas. A publicação do relatório, em 28 de [mês], destaca o Acre entre os 14 estados com maior número de assassinatos de indígenas, empatado com Alagoas, Paraná e Paraíba.

Essa violência não se limita aos homicídios. O relatório evidencia um contexto de desassistência e insegurança que afeta diversas etnias acreanas, incluindo os povos Huni Kuin, Shanenawa, Nukini e Yawanawá. A situação é agravada pela estagnação na demarcação de terras indígenas e pelo aumento de invasões e exploração ilegal, principalmente por garimpeiros, caçadores e madeireiros. Lideranças locais apontam a insegurança jurídica gerada pela Lei do Marco Temporal como um fator crucial para o aumento dos conflitos e da pressão sobre comunidades já vulneráveis.

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A aprovação do Marco Temporal, apesar de sua inconstitucionalidade declarada pelo STF em 2023, criou um ambiente de incerteza que paralisou processos de regularização fundiária e intensificou disputas territoriais. Em todo o Brasil, mais de 857 terras indígenas aguardam demarcação, e 230 casos de exploração ilegal e danos ao patrimônio foram registrados, muitos em áreas já oficialmente reconhecidas.

Ainda mais alarmante é o aumento dos casos de suicídio entre indígenas, saltando de 180 em 2023 para 208 em 2024 (um aumento de 15,5%). A maioria das vítimas são jovens até 29 anos, sinalizando uma crise de saúde mental que precisa de atenção imediata.

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A situação dos povos indígenas no Acre exige uma resposta urgente e contundente. As autoridades precisam fortalecer a segurança em terras indígenas, acelerar os processos de demarcação, combater a exploração ilegal e investir em programas de saúde mental para a prevenção de suicídios. O relatório do CIMI é um chamado à ação para garantir a proteção dos direitos humanos e a preservação das culturas indígenas do Acre.

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