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SAÚDE

Endometriose: entenda o que é a doença que afeta a cantora Anitta

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Endometriose: entenda o que é a doença que afeta a cantora Anitta
Vitoria Rondon

Endometriose: entenda o que é a doença que afeta a cantora Anitta

Conheça os sintomas e as formas de tratamento da enfermidade que atinge uma em cada 10 mulheres no Brasil

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Nesta terça-feira (19/07), a cantora Anitta publicou em suas redes sociais um texto explicando que está internada e se preparando para realizar a cirurgia para tratar a endometriose. No início de julho, a artista fez uma publicação contando que foi diagnosticada com a doença e alertando outras mulheres sobre o assunto.

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O que é a endometriose?

De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS), a endometriose ocorre quando o tecido que reveste o útero, chamado endométrio, não é liberado durante a menstruação e começa a crescer para fora da cavidade uterina. Ainda segundo o MS, essa doença ginecológica afeta uma em cada 10 mulheres no Brasil.

Causas da doença

As causas da endometriose ainda não estão totalmente esclarecidas, uma vez que é uma doença complexa. Ela pode ser causada por múltiplos fatores, como genéticos, hormonais e até imunológicos. No entanto, pesquisas indicam que ela pode estar relacionada com menstruação retrógrada.

“Uma das primeiras explicações para a causa da endometriose foi a teoria do ‘fluxo retrógrado da menstruação’ – quando o tecido do endométrio, que deveria ser eliminado com o fluxo sanguíneo pelo colo do útero, vai no sentido contrário, ou seja, do útero para as trompas e para o interior da cavidade pélvica e abdominal”, explica o médico ginecologista Rodrigo Hurtado, da clínica Origen BH.

Tipos de endometriose 

Segundo o ginecologista existem três tipos de endometriose, são elas: a superficial, a endometrioma I e a profunda. A superficial é o tipo mais comum entre as mulheres e pode comprometer os ovários, as tubas, a bexiga e o útero. Apesar disso, ela não penetra mais que 5 mm do útero e pode ser eliminada com uma cauterização.

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“Já a endometriose profunda é um agravamento da superficial. Ela vem acompanhada de dor intensa no período menstrual, durante e após a relação sexual; dificuldade em urinar; ciclos menstruais desregulados; sangramento anal em período menstrual e infertilidade. Nesses casos, o foco invade o tecido por mais de 5mm, provocando lesões mais profundas. Pode comprometer o apêndice, útero, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres”, explica Rodrigo Hurtado.

A endometriomas I é caracterizada pela presença de cistos na parte externa do ovário, formados a partir do sangue que se aloja no local durante o ciclo menstrual. Em situações mais simples, pode ser feito o uso de medicamentos. Em casos mais graves, pode ser necessária cirurgia. Em todo caso, o acompanhamento médico é fundamental.

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Quais são os sintomas?

Segundo informações do Ministério da Saúde, dentre os sintomas causados pela endometriose estão:

  • Cólica no período menstrual;
  • Dor durantes as relações sexuais;
  • Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Infertilidade.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico da doença geralmente é realizado por meio de exames clínicos e em consulta com um especialista. De acordo com o Ministério da Saúde, a endometriose pode ser confirmada pelos seguintes exames de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125.

Tratamento para a endometriose

O tratamento para endometriose é indicado por um médico especializado na área, que pode sugerir o uso de medicamentos hormonais, anticoncepcionais, bloqueio dos hormônios, cirurgias, como no caso da cantora Anitta, e analgésicos e anti-inflamatórios.

“Se as queixas da paciente vêm acrescidas da dificuldade de engravidar, aí apresentamos os tratamentos de reprodução assistida (RA)”, esclarece o ginecologista Rodrigo Hurtado.

Prevenção da endometriose

A endometriose é uma doença que não tem prevenção. Além disso, em muitos casos, essa doença não tem cura, mas, sim, maneiras de reduzir os sintomas e as lesões. Dessa forma, com o diagnóstico precoce é possível iniciar o tratamento e evitar que o problema avance.

Veja mais conteúdos na  revista ‘Saúde e Bem-estar’

Fonte: IG SAÚDE

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