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SAÚDE

Exercício não precisa ser regular para manter a forma, revela estudo

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Atleta de fim de semana: estudo revela que o exercício não precisa ser regular para manter a forma
Redação EdiCase

Atleta de fim de semana: estudo revela que o exercício não precisa ser regular para manter a forma

A maior parte das diretrizes de saúde, incluindo da Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda no mínimo 150 minutos de atividade física moderada por semana para ter uma vida saudável. Também é possível realizar apenas 75 minutos de exercícios vigorosos, como corrida ou natação.

Entretanto, muitas pessoas não conseguem incluir essa prática em sua rotina durante a semana e optam por concentrar tudo no fim de semana. Mas será que adianta? Um novo estudo acaba de revelar que sim.

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A pesquisa, publicada recentemente na revista científica JAMA Internal Medicine, concluiu que pessoas que atingem o nível recomendado de atividade física, seja durante a semana ou no final de semana, apresentam menor risco de morte do que aquelas que fazem menos exercício do que o recomendado.

A equipe de pesquisadores internacionais, liderada pelo brasileiro Mauricio dos Santos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chegou a essa conclusão após analisar dados de saúde pública de mais de 350.000 pessoas nos Estados Unidos, com idade média de 41 anos. As informações, que incluíam o nível de atividade física, foram coletadas por meio do National Health Interview Survey (NHIS) entre 1997 e 2013.

Eles foram então divididos em três grupos: quem praticava 150 minutos de exercício por semana em um a dois dias; a mesma quantidade em três ou mais dias, ou aqueles que não atingiam essa quantidade de atividade física por semana. Os pesquisadores então acompanharam quantos participantes morreram na próxima década.

No final do estudo, 21.898 dos participantes morreram – 6.035 de eventos cardiovasculares como insuficiência cardíaca e 4.130 de câncer. Os resultados mostraram que os “atletas de fim de semana” corriam um risco 8% menor de morrer, em comparação com as pessoas que não completavam 150 minutos semanais de exercício.

Para as pessoas que distribuíram a prática de atividade física ao longo da semana, o risco de morte foi ainda menor, em comparação com os inativos: -15% . No entanto, segundo os autores, não foram encontradas diferenças significativas na mortalidade entre os atletas de fim de semana e os praticantes regulares de exercícios quando o tempo total gasto nessa prática foi considerado.

Isso indica que o mais importante – em vez de se preocupar com a frequência ou quando se exercitar – é tentar atingir os níveis recomendados de atividade a cada semana, porque é quando os efeitos benéficos do exercício podem ser vistos mais claramente. Para os pesquisadores, essa descoberta é particularmente importante para pessoas que tem pouca oportunidade de praticar atividade física diariamente ou regular durante a semana de trabalho.

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“As descobertas deste grande estudo de coorte prospectivo sugerem que os indivíduos que se envolvem em padrões ativos de atividade física, sejam atletas de fim de semana ou regularmente ativos, apresentam taxas de mortalidade por todas as causas e causas específicas mais baixas do que indivíduos inativos”, escreveram os autores.

Uma das limitações apontadas no estudo é que os dados sobre os níveis de exercício foram coletados por meio de questionários. Isso significa que as pessoas podem ter relatado incorretamente seus níveis de atividade física.

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