TECNOLOGIA
Celulares com Android e iOS já acessam Starlink sem antena

Uma inovação que vem despertando a atenção mundial é a possibilidade de conectar um telefone celular diretamente ao espaço, sem a necessidade de antenas convencionais ou cobertura terrestre. Com as mudanças tecnológicas que avançam rapidamente desde o início de 2025, essa proposta deixa de ser apenas uma ideia futurista para se tornar realidade com a chegada do serviço Starlink Direct‑to‑Cell, oferecido pela SpaceX.
Este serviço começou a operar globalmente em julho de 2025, proporcionando a capacidade para que determinados aparelhos celulares possam, pela primeira vez, trocar mensagens de texto e compartilhar localização em áreas completamente desprovidas de sinal terrestre. A expectativa é que, ao longo dos próximos meses, novas funcionalidades sejam liberadas, incluindo chamadas e transmissão de dados móveis.
Como funciona a conexão direta entre celulares e satélites?
O funcionamento do Starlink Direct‑to‑Cell é baseado em uma rede de satélites em órbita baixa, capazes de fornecer conectividade diretamente aos smartphones compatíveis. Toda a operação acontece de modo automático e transparente: assim que o aparelho detecta a ausência de sinal das redes convencionais de telefonia, passa a procurar e se conectar ao sinal emitido pelos satélites Starlink. Essa ativação dispensa qualquer intervenção manual do usuário, tornando o processo simples para quem estiver fora de áreas urbanas ou em regiões remotas.
Vale destacar que não é necessário adquirir antenas extras ou instalar novos aplicativos para utilizar essa tecnologia. Tudo depende apenas da compatibilidade do celular e do país onde o acordo com a operadora local de telefonia celular já esteja vigente. Atualmente, o Starlink Direct‑to‑Cell está disponível em locais como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão, Suíça, Chile, Peru e Ucrânia, graças à parceria com companhias locais.
Nos últimos meses, a expansão do serviço permitiu incluir países como Suíça, Chile, Peru e Ucrânia entre os territórios com cobertura ativa, refletindo o avanço dos acordos globais de disponibilização da Starlink Direct‑to‑Cell.
Quais celulares podem acessar o Starlink Direct‑to‑Cell?
A disponibilidade desse recurso ainda é limitada a modelos específicos de smartphones. Entre os aparelhos da Apple, apenas as famílias iPhone 14, 15 e 16 oferecem suporte ao serviço Starlink Direct‑to‑Cell. No universo Android, a lista inclui modelos como Google Pixel 9 e posteriores, Samsung Galaxy a partir do A14, as linhas Galaxy S21 até S25, Z Flip 3 e seguintes, assim como o Fold 3 em diante. Motorola também marca presença com o Razr, Razr Plus (2024) e as séries Moto Edge e Moto G Power5G (2024).
- Apple: iPhone 14, 15 e 16
- Google: Pixel 9 e superiores
- Samsung: Galaxy A14 em diante, S21 até S25, Z Flip 3 até Z Flip 6, Fold 3 e posteriores
- Motorola: Razr, Razr Plus (2024), Moto Edge, Moto G Power5G (2024)
Outros modelos poderão ser incluídos no futuro à medida que a tecnologia evoluir e acordos forem formalizados em mais países.

Quais são as limitações e impactos do Starlink Direct‑to‑Cell?
Uma questão importante envolve o impacto no uso cotidiano dos smartphones. Como a comunicação direta com satélites exige mais energia, o consumo de bateria tende a ser maior quando comparado às conexões convencionais. Os efeitos dessa demanda energética são perceptíveis especialmente em regiões com cobertura terrestre insuficiente, onde o aparelho permanecerá conectado via satélite por períodos prolongados.
No estágio atual, a função é restrita ao envio e recebimento de mensagens de texto, bem como ao compartilhamento de localização. Ainda não há transmissão de voz, vídeo ou navegação na internet disponível por essa via. Dados relacionados ao consumo de internet móvel não entram em jogo, pois o Starlink Direct‑to‑Cell não utiliza tráfego de dados neste momento inicial.
Quanto custa e quem terá acesso ao serviço?
O modelo de comercialização prevê o Starlink Direct‑to‑Cell como uma extensão dos planos já existentes junto às operadoras de telefonia móvel. Isso significa que, nos países onde já está ativo, o serviço tende a não gerar custos adicionais aos usuários, tornando-se parte integrante dos pacotes convencionais. Não é necessário baixar aplicativos extras nem pagar mensalidades especiais para começar a usar o sistema, tudo é gerido em parceria entre SpaceX e as operadoras locais.
- Verifique se o seu smartphone é compatível.
- Confira se o serviço já foi lançado no seu país.
- Aguarde novas atualizações para acesso a chamadas e internet via satélite.
Enquanto países como Espanha aguardam a formalização de acordos comerciais para a ativação do serviço, outras regiões já experimentam os benefícios da comunicação via satélite sem depender de redes terrestres. Com a entrada de Suíça, Chile, Peru e Ucrânia no grupo de países com cobertura Starlink Direct‑to‑Cell, a tendência é que a expansão aconteça de forma acelerada pelos próximos meses, ampliando o acesso em mais continentes.
A tendência indica que, até o final de 2025 ou início de 2026, a cobertura será ampliada para mais territórios à medida que novas parcerias comerciais sejam firmadas.
