Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
RIO BRANCO
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

TECNOLOGIA

Em fase de testes, IA da Google detecta doenças pela tosse

Publicado em

Pesquisadores da Google Research e da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema de inteligência artificial capaz de detectar patologias e hábitos analisando sons como tosses e a respiração de usuários.

O HeAR (Health Acustic Representations) é um mecanismo generativo treinado para analisar clipes de 2 segundos de duração de sons “não-semânticos” –aqueles que não apresentam finalidade comunicacional. Na fase de testes, o software analisou 3 bilhões de vídeos públicos disponibilizados no YouTube. Ao todo, foram cerca de 174 mil horas de gravações estudadas.

Continua depois da publicidade

Para captar os sons, foram usados 3 aparelhos diferentes para representar 3 modelos de celulares disponíveis no mercado para simular a captação de usuários. Para analisar a robusta base de dados, os pesquisadores desenvolveram um total de 23 marcadores de detecção para a ferramenta

Os sons foram traduzidos para espectrogramas –gráficos que registram a frequência de cada som e permite que seja identificado a partir das suas particularidades. O HeAR, então, passa a analisar o registro e é treinado para estimar o que vem na sequência com base nos marcadores –molde parecido ao do ChatGPT.

Continua depois da publicidade

O sistema foi limitado a identificar 3 tipos de resultados previstos em raios-x, doenças como covid-19 e tuberculose, e identificar padrões de comportamento do usuário, como idade, gênero e se ele é fumante.

Ao ser comparado com outros 4 programas de detecção de sons, o HeAR teve o melhor resultado geral de todos eles. Segundo os pesquisadores, os dados são promissores e podem significar um avanço na detecção, acompanhamento e tratamento de doenças respiratórias.

“A classificação da tuberculose a partir dos sons da tosse poderiam ajudar a estratificar o risco dos doentes que necessitam de raios-x ou de mais testes em locais onde esses tipos de exame são escassos ou não estão disponíveis. O potencial para monitorar o funcionamento do pulmão a partir de gravações de áudio de smartphones poderá ajudar a desenvolver ferramentas de rastreio fáceis de usar e os médicos poderão acompanhar mais de perto a evolução dos seus pacientes”, diz trecho do estudo.

Continua depois da publicidade

O estudo do Hear foi submetido à revista científica Nature e ainda será revisado por uma banca avaliadora. O programa está em fase de testes e não há previsão para se tronar disponível para os usuários. Eis a íntegra do estudo (PDF, em inglês – 4 MB).

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement