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TECNOLOGIA

Existe chave Pix que seja mais segura? Especialista responde

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No final de setembro, o Banco Central do Brasil já contabilizava 799.867.422 chaves Pix cadastradas em sua rede. Desse total, quase metade (48%) são chaves do tipo aleatória. Um dos motivos para a preferência se deve à falta de informações ligadas ao usuário e o receio dos brasileiros de serem vítimas de golpes com o Pix. Mas a escolha faz sentido?

Segundo Mark Sze, head de prevenção à fraude em produtos e operações da Neon, sim, a chave aleatória acaba sendo a melhor opção para evitar tentativas de golpes. Ele explica que tanto o CPF quanto e-mail e telefone podem ser usado de forma inadequada por criminosos.

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“A chave CPF é a única chave que pode ser considerada pessoal e intransferível. Por esse motivo, é a chave que expõe um dado pessoal que pode ser utilizado para atribuir outras informações de uma pessoa quando cruzada com fontes adicionais”, alerta o especialista.

Ele exemplifica que o CPF pode ser usado de maneira fraudulenta para abertura de contas por falsidade ideológica ou em cadastros e solicitações de créditos e serviços sem o consentimento do portador.

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Já o e-mail e o telefone são meios comuns por onde golpistas praticam o phishing e engenharia social. Esse segundo termo, segundo um manual do governo federal contra golpes virtuais, refere-se a quando uma pessoa tenta convencer outra a executar ações que a levam a fornecer informações ou seguir passos que facilitem a efetivação de golpes.

Vazamento de dados

Volta e meia o Banco Central divulga que houve algum vazamento de dados cadastrais vinculados a instituições financeiras que utilizam o Pix. De janeiro a setembro deste ano, já foram registrados ao menos 259 mil vazamentos vinculados a chaves Pix.

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Segundo o BC, esses dados não são considerados sensíveis, por não serem senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais.

Ainda assim, o especialista em prevenção à fraude Mark Sze alerta que, muitas vezes, são esses os dados utilizados nos golpes citados acima, de phishing e engenharia social. “Esse conjunto de dados é utilizado para dar credibilidade ao fraudador na tentativa de convencer uma vítima de que está em conversa com um canal oficial de um banco ou de qualquer estabelecimento”, afirma.

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Para ter mais segurança fazendo um Pix, o especialista recomenda verificar os dados bancários do destinatário, pois o nome do beneficiário pode ser uma fraude.

Caso receba um Pix que não reconhece quem mandou, entre em contato com o banco e não atenda ligações ou responda mensagens sobre essa transação. Isso porque tem sido comum o chamado “golpe do Pix errado”, em que uma pessoa envia o Pix para o seu número, entra em contato pedindo a devolução para uma outra chave e, nesse meio tempo, entrou com o pedido de devolução do valor enviado inicialmente. Assim, a vítima acaba perdendo a quantia por ter enviado para uma terceira pessoa.

 

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