TECNOLOGIA
iPhone 14 Pro e AirPods Pro 2 passam pela Anatel antes de venda no Brasil
O iPhone 14 Pro, 14 Pro Max e o AirPods Pro 2 já foram homologados na Anatel e estão prontos para terem as vendas iniciadas no Brasil, ainda que não haja uma previsão para isso. A publicação dos documentos no site da agência de telecomunicações ocorre quase no mesmo dia em que os aparelhos foram disponibilizados no exterior, e oferece informações interessantes sobre os modelos nacionais.
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Destaques entre os lançamentos do evento “Vamos Longe” da Apple, o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max brasileiros atendem pelos números de modelo A2890 e A2894 e, segundo os documentos, terão compatibilidade com todos os formatos de rede 5G do país, incluindo o standalone de alta velocidade (o 5G “puro”). Os dados também revelam que ambos os dispositivos serão produzidos em fábricas da China, sendo importados nesse primeiro momento.
Outro ponto interessante é que a documentação foi emitida em 7 de setembro, mesma data do anúncio dos dispositivos, o que indica que ambos estariam prontos para chegar ao mercado nacional desde a estreia. É comum que a Apple leve mais tempo para trazer seus lançamentos ao Brasil em comparação ao restante do mundo, mas neste ano a empresa enfrenta um obstáculo extra — embates com o Ministério da Justiça em relação à ausência de carregador e acessórios na caixa.
O órgão público barrou a venda de todos os smartphones da marca desde o iPhone 12, incluindo lançamentos futuros como o iPhone 14, sob a justificativa de que a prática da remoção dos itens adicionais estaria ferindo os direitos dos consumidores. A gigante de Cupertino confirmou que recorreria da decisão, mas desde então não se ouviu mais novidades sobre o caso. É possível que este seja um dos motivos da falta de uma data mais precisa de estreia, mesmo que os preços já tenham sido anunciados e os dispositivos homologados.
Além dos celulares, o AirPods Pro 2 também foi certificado pela Anatel, atendendo pelos números de modelo A2698, A2699 e A2700 — diferentes números são utilizados para registrar as cápsulas, o estojo e a bateria. Curiosamente, diferente dos iPhones, o acessório ainda não possui o nome comercial (AirPods Pro 2) registrado no site da agência. Detalhes sobre especificações ou locais de fabricação são outra característica ausente, mas a homologação dos fones também foi emitida em 7 de setembro.
Considerando que a linha AirPods não está envolvida na polêmica de carregadores, não se sabe a razão pela qual a companhia ainda não trouxe a novidade ao Brasil. Ainda assim, com os documentos emitidos, a Apple pode anunciar disponibilidade dos dispositivos a qualquer momento. Vale destacar ainda como o iPhone 14 e o iPhone 14 Plus, os modelos base da nova geração, ainda não foram licenciados, mais um ponto que pode estar atrasando a janela de estreia dos aparelhos.
iPhone 14 Pro traz grande evolução à linha
A série iPhone 14 Pro marca a primeira grande mudança dos smartphones da Apple desde a introdução do iPhone X, em 2017. Os aparelhos prometem alto desempenho com o novo chipset A16 Bionic, que seria até 28% mais poderoso que a geração anterior consumindo menos energia, e chamam atenção pela Dynamic Island, o entalhe interativo em formato de “i” que chegou para substituir o criticado notch.
Os novos topos de linha da Maçã receberam ainda upgrades de peso nas câmeras adotando um sensor principal significativamente maior de 48 MP, que entregaria definição superior e maior captação de luz, além de uma lente frontal atualizada com abertura mais rápida, foco automático e estabilização óptica. Outros destaques incluem ainda a adição de um modo Always-On Display e processamento de fotos aprimorado com o Photonic Engine.
Por sua vez, o AirPods Pro 2 não traz mudanças visuais drásticas, mas recebeu melhorias importantes na qualidade de áudio e no estojo. Os fones premium ganharam drivers atualizados mais encorpados, novo chip H2 para turbinar o cancelamento ativo de ruído (ANC) e tornar o modo transparente mais inteligente, além de receberem aprimoramentos significativos na bateria, que entregaria autonomia de até 30 horas, som espacial 3D personalizável e controles de toque nas cápsulas.
No entanto, um dos maiores destaques do acessório é a case, que não apenas recebeu suporte a carregamento sem fio via MagSafe, como também teve um speaker implementado para emissão de avisos sonoros, junto à adição de tecnologia de rastreamento de alta precisão similar ao das AirTags e de encaixe para pingentes.