GERAL
Com chuvas abaixo do esperado, nível do Rio Acre se mantém crítico em Rio Branco
Manancial marcou 1,61 metros neste sábado (16), sendo que o esperado para o período é de 2 a 3 metros, segundo a Defesa Civil Municipal.
Ainda com as chuvas abaixo do esperado para o período, o nível do Rio Acre se mantém crítico na capital acreana, Rio Branco. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 1,61 metro neste sábado (16), sendo que o esperado para o período é de 2 a 3 metros.
Para o major Cláudio Falcão, coordenador do órgão, a situação se deve por conta do déficit hídrico dos últimos três meses. No mês de julho não houve registro de chuvas na capital, sendo que o esperado era de, ao menos 50 milímetros.
Já em agosto, que também é esperado uma média de 50 milímetros de chuva, o acumulado chegou a 2,5 milímetros, segundo os dados da Defesa Civil. Em outubro, na primeira quinzena, o registrou foi de 66 milímetros, sendo que para todo o mês é esperado 150 milímetros.
No mesmo dia 16 de outubro no ano passado, o Rio Acre também estava muito abaixo da média. Conforme os dados, o manancial marcava 1,35 metro na época, já no mesmo dia em 2019, ele chegou a 2,13 metros.
“O nível deu uma leve subida nos últimos dias, mas acabou baixando novamente, então, estamos bem abaixo do que esperávamos. Tivemos um déficit hídrico muito grande nos últimos três meses, então mesmo com essas chuvas que aconteceram no início de outubro, não é suficiente para sair dessa escassez hídrica. A expectativa é que chuvas regulares só ocorram a partir da segunda quinzena de novembro”, informou o major.
Em setembro de 2016, o Rio Acre atingiu o menor nível já registrado na história desde 1971, ano em que o manancial começou a ser monitorado. No dia 17 de setembro daquele ano, o rio marcou 1,30 metro.
Este ano, o rio chegou a se aproximar dessa cota, ficando em 1,33 metro no dia 29 de agosto.
Decreto de emergência
A situação do Rio Acre está em alerta máximo desde o dia 20 de junho, quando o manancial passou a ficar abaixo de 2,69 metros. Desde então, o nível do rio vem apresentando baixa.
A falta de chuvas que afeta tanto a qualidade do ar devido às queimadas e também o nível do Rio, levou o prefeito Tião Bocalom a decretar situação de emergência, no dia 31 de agosto, nas áreas rurais do município afetadas pela seca do manancial que já é considerada uma das piores. O decreto é válido por 30 dias.
Para tentar amenizar a seca nas comunidades rurais, a Defesa Civil iniciou desde o final de julho o abastecimento de caixas d’água em alguns bairros da capital que não são atendidos pelo Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa). Atualmente, são levados de 700 a 800 mil litros de água por semana a 17 comunidades rurais de Rio Branco.