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BRASIL

Anvisa aciona PF após ameaça de morte que teria sido enviada por pai antivacina

Publicado em

Vista da sede da Anvisa em Brasília 23/02/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou a Polícia Federal para investigar uma ameaça de morte aos diretores da agência. A ameaça foi encaminhada, por e-mail e seria de um pai que se nega a vacinar o filho. A CNN teve acesso à mensagem com conteúdo ameaçador encaminhada nesta quinta-feira a todos diretores da Anvisa e funcionários da Secretaria de Educação e de Saúde do Paraná, estado onde o suposto autor do e-mail mora.

Na mensagem, o homem informa o nome e CPF e afirma que irá migrar o filho para o homeschooling – modalidade de ensino em casa que não tem aprovação em lei federal.

O autor do e-mail declara que se houver a aprovação pela Anvisa da vacinação experimental em crianças de 5 a 11 anos não irá permitir a ida do filho ao ambiente escolar. E ameaça: “deixando bem claro para os responsáveis, de cima para baixo: quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho será morto”. Para ele, a vacinação seria uma ameaça à integridade do filho, apesar das pesquisas em todo mundo que atestam a necessidade da imunização. Em tom de deboche, alerta: “Estou lhes notando por escrito porque não quero reclamação depois”.

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Até o momento, a Anvisa não ampliou a faixa etária de vacinação contra o coronavírus para os mais jovens. A análise tem sido técnica. Em agosto, a agência barrou a vacinação de crianças e adolescentes com Coronavac por falta de dados. Em novembro, a expectativa é que a Pfizer apresente pedido também para incluir a vacinação de jovens na bula.

A CNN tentou contato com o autor do e-mail. Não houve resposta. Pelas redes sociais, ele se declara antissocialismo. Também procuramos as Secretarias de saúde e educação do Paraná para saber quais providências vão ser tomadas e aguardamos a resposta.

Em nota, a Anvisa classificou o fato de grave e informou que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis.

Contra o discurso de ódio, a agência enviou ofícios ao presidente da República, Jair Bolsonaro e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira e do Senado, Rodrigo Pacheco para comunicá-los da ameaça.

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