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Número de eleitores cresce e Acre já não é mais o menor colégio eleitoral do país

Publicado em

. Foto: Paulo Francis

O Acre, que desde a redemocratização do país, em 1985, sempre teve lugar de destaque na lista dos menores colégios eleitorais do Brasil, ficando em muitas eleições como o lugar com o menor número de eleitores, já não é mais o campeão dessa estatística.

O número de eleitores acreanos aptos a votar é de 588.433 – 27.172 eleitores a mais que nas eleições municipais de 2020, um crescimento do eleitorado de 4,8 % em dois anos, segundo dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Isso tira o Acre da condição de menor colégio eleitoral brasileiro. O título agora é do estado de Roraima, com 0,23% do eleitorado do país, seguido pelo Amapá, com 0,35. O Acre tem, hoje, 0,38% do eleitorado nacional.

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A região, onde estão situados os três estados com o menor número de eleitores, é a do Norte. O maior colégio eleitoral do país, liderado pelo estado de São Paulo, é do Sudeste. O segundo estado com maior número de eleitores é Minas Gerais, seguido por Rio de Janeiro. O quarto lugar com o maior número de eleitores é o estado da Bahia.

Apesar de estatisticamente pequeno para o grande número de eleitores do país, com quase 157 milhões de pessoas aptas a irem às urnas – um recorde nacional, com menos de meio por cento do eleitorado nacional, o Acre é referência para os estrategistas de campanha dos candidatos que lideram as pesquisas de opinião pública com vistas às eleições deste ano – o ex-presidente Lula, do PT, em primeiro lugar, e o atual presidente Jair Bolsonaro, do PL, que vem sempre em segundo lugar.

É que, enquanto Lula é um velho conhecido dos acreanos, que anda por aqui desde os anos 80, quando presidia o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e nem de longe sonhava chegar um dia à presidência da República do país e que, apesar das suas boas relações com os acreanos, nunca venceu uma eleição no Acre, nas eleições de 2018, Bolsonaro obteve oito votos de cada grupo de 10 eleitores acreanos.

Os estrategistas de Bolsonaro querem manter essa estatística e os de Lula buscam reverter este quadro num estado em que o PT teve a mais longeva história de governabilidade, durante cinco mandatos de governadores. Faltam 79 dias para as eleições, quando os números podem ser confirmados ou não.

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