POLÍTICA
Haddad após ata do Copom: “Banco Central também tem que nos ajudar”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), cujo conteúdo foi divulgado nesta terça-feira (28/3), veio “em termos mais condizentes”, mas indicou: “O Banco Central também tem que nos ajudar”.
A última reunião do Copom, realizada na quarta-feira (22/3), manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.
“Está em linha com o comunicado, mas da mesma forma que aconteceu no Copom anterior, a ata — com mais tempo de preparação — veio com termos, eu diria, mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária, que é o nosso desejo desde sempre”, respondeu Haddad ao ser questionado sobre como recebeu a ata.
No texto divulgado na manhã desta terça, o Copom apontou que um “arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno”. Isso ocorrerá no caso de “reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”.
Ao mesmo tempo, o Comitê inclui as novas regras fiscais entre os fatores de risco para os cenários que traça sobre a inflação. São eles “uma maior persistência das pressões inflacionárias globais”, “a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública” e “uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos”.