Lula aproveitou anestesia e fez procedimento estético nas pálpebras; entenda

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi submetido a uma blefaroplastia (procedimento estético nas pálpebras) na tarde desta sexta-feira (29), além de uma cirurgia no quadril. A intervenção cirúrgica não foi comunicada previamente pelo Palácio do Planalto e pelo Hospital Sírio-Libânes.

Durante coletiva de imprensa, o cardiologista Roberto Kalil Filho, um dos médicos que conduziram a cirurgia no quadril de Lula, negou que tenha sido apenas por razões estéticas. “Ele tinha realmente alterações que atrapalham o dia a dia. É uma indicação médica, não é por estética”.

A blefaroplastia foi conduzida pela cirurgiã oftamológica Eliana Forno. O procedimento foi usado para tratar o excesso de pele das pálpebras.

Lula chegou às 8h desta sexta no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília (DF). Ele também passou por uma artroplastia total de quadril (no lado direito), para proporcionar alívio da dor provocada pela artrose, além da correção de deformidades e da recuperação do movimento da articulação. A cirurgia, na prática, substitui a articulação “doente” no encaixe da perna com a bacia por uma prótese artificial.

No procedimento, a cabeça do fêmur e o acetábulo foram substituídos por implantes de cerâmica. Para isso, foi preciso cortar parte do osso para instalar a prótese. O presidente foi intubado e recebeu anestesia geral em função da complexidade da cirurgia, considerada invasiva.

A assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês informou que a unidade funcionou normalmente no atendimento a outros pacientes, mas uma ala do centro cirúrgico foi reservada para o atendimento ao presidente da República.

Recuperação 

Lula não irá para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Vai direto para o quarto e será acompanhado diariamente pela equipe médica. Segundo o ortopedista Giancarlo Polesello, o presidente já está com forças nos membros inferiores e, por isso, os médicos visam que ele levante da cama e faça exercícios de fisioterapia “o mais rápido possível”.

Ele deve ter alta na segunda-feira (2) ou terça-feira (3). Segundo Giancarlo, é esperado que uma “boa cicatrização” ocorra de quatro a seis semanas.
O mandário deve permanecer algumas semanas despachando do Palácio da Alvorada, que é a residência oficial em Brasília, e não do gabinete no Palácio do Planalto, onde fica a sede administrativa do governo. As viagens do presidente devem ser suspensas também nas próximas semanas, pelo menos até o fim do mês de outubro.