Bloqueador de sinal de celular em presídio causa transtornos à comunidade local

A proximidade entre a Vila Jorge Kalume e o Complexo Penitenciário de Rio Branco tem gerado dificuldades para os moradores da região. O bloqueio de sinal de celular instalado no presídio, com o objetivo de evitar a comunicação dos detentos com o mundo exterior, tem afetado negativamente a vida da comunidade.

O professor Adriano Queiroz, residente na Vila, relata que o problema surgiu quando os bloqueadores foram instalados. No entanto, o funcionamento desses dispositivos tem se estendido para além dos muros da prisão, ocasionando a perda de sinal ou uma qualidade extremamente ruim nas áreas próximas.

“O sinal some ou fica bloqueado nas vilas aqui perto da penitenciária. Se precisarmos acionar o Samu ou resolver qualquer problema urgente, ficamos impedidos. O que solicitamos é que os bloqueadores funcionem somente dentro do presídio”, explica Adriano.

Esse inconveniente não é recente, de acordo com o morador. “Desde a instalação desses bloqueadores, temos enfrentado esse problema. O curioso é que lá dentro, as pessoas afirmam que os presos conseguem fazer ligações, enquanto nós, que estamos do lado de fora, somos prejudicados. Alguns moradores estão até mesmo adquirindo antenas rurais para tentar se comunicar. Mais de 500 pessoas estão sendo afetadas nessa região”, relata Adriano.

Diante dessas reclamações, o Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) informou que enviará uma equipe para verificar o funcionamento do bloqueador e averiguar se o sinal de celular está sendo bloqueado na comunidade.

É importante que as autoridades competentes avaliem a situação com sensibilidade, buscando uma solução que possa garantir a segurança dentro do presídio sem prejudicar a comunicação e a qualidade de vida dos moradores locais. A cooperação entre as instituições e a escuta atenta às demandas da comunidade são essenciais para encontrar uma resolução adequada.