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MUNDO

Asteroide que matou dinossauros era uma bola gigante de lama, diz estudo

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Sessenta e seis milhões de anos atrás, a história da vida na Terra tomou um rumo dramático quando um asteroide colidiu com o que é hoje a Península de Yucatán, em Chicxulub, México. Os efeitos desse impacto resultaram na extinção de cerca de 75% das espécies animais, incluindo a maioria dos dinossauros, exceto as aves. Um novo estudo revela mais sobre as características desse asteroide.

Publicado nesta quinta-feira (15), na revista Science, o estudo conduzido por Steven Goderis e sua equipe investigou a composição química do asteroide e as descobertas sugeririam que o responsável por “assassinar” dinossauros era, na verdade, uma rara bola de lama rica em argila contendo materiais do alvorecer do sistema solar.

O asteroide Chicxulub, grande o suficiente para desaparecer em sua maioria ao impactar a Terra, tinha diâmetro entre 9,7 e 14,5 quilômetros. Viajando a 25 quilômetros por segundo, sua energia foi convertida em calor intenso, resultando na vaporização da rocha espacial.

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O impacto criou uma nuvem de poeira que bloqueou a luz solar, diminuindo as temperaturas globais e dando origem a um evento de extinção em massa. Essa camada de poeira, presente em todo o globo, é um traço químico que dura desde então, formando uma assinatura temporal de 66 milhões de anos atrás.

Como cientistas identificaram a composição do asteroide?

Os pesquisadores coletaram e analisaram amostras de rochas de vários países, incluindo Dinamarca, Itália e Espanha. A análise focou no metal rutênio, abundante em rochas espaciais, e revelou que a composição do asteroide corresponde a um tipo específico de meteorito, conhecido como condrito carbonáceo.

Esses condritos frequentemente contêm água, argila e compostos orgânicos, o que sugere que o asteroide responsável pela extinção era uma antiga rocha espacial repleta de materiais presentes no início do Sistema Solar.

Por que é importante conhecer a composição dos asteroides?

Compreender a natureza dos asteroides nos ajuda a desenvolver métodos eficazes de defesa planetária. Goderis citou a missão DART da NASA como exemplo, onde uma espaçonave foi enviada para desviar um asteroide de seu curso.

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O comportamento dos condritos carbonáceos, por exemplo, seria diferente de outros tipos de asteroides devido à sua porosidade e leveza. Portanto, o estudo desses objetos celestiais é vital para a segurança futura do nosso planeta.

 

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