Justiça determina prisão preventiva e avaliação psicológica para mulher acusada de matar o irmão em Rio Branco

Camila Arruda Braz, 37 anos, foi presa preventivamente pela Justiça do Acre, acusada de assassinar seu irmão, Ramon Arruda Braz, 47 anos, em sua residência em Rio Branco. A decisão, tomada após audiência de custódia, também determinou uma avaliação médica multidisciplinar para Camila em até 48 horas, período em que permanecerá isolada e medicada na enfermaria do presídio sob vigilância constante.

A investigação aponta para um contexto de possível agravamento de um transtorno de bipolaridade, com histórico de tratamento no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), mas com interrupção do acompanhamento médico e da medicação. A Justiça confirmou o tratamento de Camila desde 2022 com medicamentos controlados para evitar surtos psicóticos.

O crime ocorreu na presença da filha de seis anos de Camila, que testemunhou o brutal ataque à faca contra Ramon. Camila, após trancar todas as portas e janelas da casa, desferiu 37 golpes de faca contra o irmão, 12 dos quais atingiram diretamente o coração. A polícia encontrou Camila no portão da residência, ensanguentada, após o ocorrido. Ramon, apesar do socorro do SAMU e encaminhamento à UPA, não resistiu aos ferimentos.

Testemunhas relatam que Camila havia manifestado a intenção de matar o irmão dias antes do crime. Além disso, há relatos de episódios anteriores de violência, incluindo um ataque com um espremedor de alho há cerca de dois anos.

A prisão preventiva e a avaliação psicológica visam esclarecer totalmente as circunstâncias do crime e determinar a responsabilidade da acusada, levando em consideração seu histórico de saúde mental. A investigação segue em curso.