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CIDADES

Alunos de medicina na Bolívia fecham fronteira contra falta de aulas e provas presenciais

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Quase 400 estudantes estrangeiros matriculados entre o 1º e 10º semestre no curso de medicina na UNITEPC, com sede em Cobija, estão realizando um manifesto na manhã desta quarta-feira, 24, na divisa do país vizinho com o Brasil através da fronteira acreana. Entre os manifestantes, há centenas de acreanos. Eles fazem o ato contra a aplicação de provas presenciais após um longo período sem aulas na instituição de ensino.

Um dos alunos, que reside em Brasileia, região do Alto Acre, disse ao ac24horas que a intenção em fechar as duas “trancas” que dão acesso à Bolívia é em prol dos direitos como estudantes estrangeiros. Eles assinaram uma nota e enviaram para a direção da faculdade, mas que, segundo eles, ainda não tiveram resposta. “Solicitamos a reconsideração da decisão de provas teóricas presenciais e a continuação de todos os exames teóricos online por falta de aulas teóricas presenciais”, dizem no documento estudantil.

Para os acadêmicos, é do conhecimento de todos que o desempenho de aprendizagem nas aulas virtuais é inferior ao presencial. “O ensino na modalidade virtual apresenta os mais diversos obstáculos e desafios, mesmo que a relação aluno-professor seja prejudicada, refletindo na qualidade do ensino e da aprendizagem. Assim, para nós alunos, a realização de exames presenciais é incompatível com a realidade”, declaram.

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De acordo com a carta enviada, as aulas teóricas e grande parte das práticas ainda são online, o que impossibilita a realização de exames presenciais. “As poucas aulas práticas presenciais são de curta duração em relação à carga horária total das disciplinas e não representam 5% do total da turma. A diferença entre o número de horas de aulas presenciais e virtuais é indiscutível. Portanto, consideramos o argumento de que essas poucas práticas presenciais são suficientes para servir de suporte para outros exames presenciais”.

O grupo destaca ser importante ressaltar que em nenhum momento se posicionam contra o retorno das aulas presenciais para o próximo semestre. “O objetivo visa apenas a uniformidade entre a forma de realização das aulas e as provas teóricas. Enviamos esta carta com toda a cordialidade, respeito e confiança numa decisão positiva. Estamos abertos ao diálogo para tentar encontrar um terreno comum”.

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