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Augusto Akio conquista o bronze no skate park em Paris-2024
O Brasil segue fazendo história no skate dos Jogos Olímpicos. Aos 22 anos, o curitibano Augusto Akio, mais conhecido como Japinha, mostrou grande recuperação na última volta da final desta quarta-feira, 7, em La Concorde, cravou 91.85 e conquistou a medalha de bronze da modalidade park. Pedro Barros e Luigi Cini também participaram da final.
- A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Em uma bateria eletrizante, Keegan Palmer, da Austrália, registrou 93.11 em sua primeira tentativa e levou o bicampeonato para a casa. Com 92.23, Tom Schaar, dos Estados Unidos, ficou com a prata.
Além do bronze de Akio, entre os brasileiros, Pedro Barros terminou com a quarta colocação. Luigi Cini ficou em sétimo.
Brasileiros na final
A bateria começou tensa. Na primeira rodada de voltas, todos os skatistas arriscaram e apenas Keegan Palmer, da Austrália, e Tom Schaar, dos Estados Unidos, completaram todas as manobras.
Na segunda tentativa, o cenário começou a mudar. Primeiro a ir para pista, Akio conseguiu uma rodada espetacular, mas caiu na última manobra e não completou a volta. Mesmo assim, recebeu 81.34. Luigi Cini novamente foi ao chão.
Para levar o bronze, Akio completou todas as manobras e cravou 91.85 justamente em sua última tentativa. Cini também fez bonito, mas caiu novamente. Pedro Barros completou sua volta final e levou o público ao delírio, no entanto, não conseguiu nota suficiente para entrar na zona de pódio, terminando na quarta colocação.
Bateria de qualificação
Mais cedo, os brasileiros entraram em ação para a bateria de qualificação do skate park. Entre os favoritos para o pódio, eles rapidamente cravaram boas notas e mostraram que iriam arriscar na busca pela medalha.
Em uma estratégia da comissão técnica, os skatistas do País usaram a primeira volta para pontuar, mas com segurança. Assim, Pedro Barros e Luigi Cini marcaram suas melhores notas nas tentativas iniciais e ousaram nas seguintes. Apesar de terem caído nas duas últimas, foi possível perceber que eles tinham cartas na manga para ir longe em Paris.
Por outro lado, Akio classificou com o 88.98 da tentativa final. No entanto, os 88.79 da primeira volta já seriam suficientes para a classificação. Com essa estratégia, o trio avançou com as três menores notas da qualificação.
O Brasil foi o único País com três representantes na decisão. Estados Unidos e Austrália também se destacaram com dois atletas cada. A Itália colocou um competidor na final.
Garantia de medalha para o Brasil
Essa é apenas a segunda vez que o skate park faz parte do programa olímpico. Em Tóquio-2020, Pedro Barros foi um dos destaques da competição e conquistou a prata. Na ocasião, o Brasil também foi representado por Pedro Quintas e Luiz Francisco na final. Aliás, o pódio quase foi duplo com Luizinho terminando em quarto.
Entre as mulheres da modalidade, o Brasil bateu na trave na tarde de ontem. Dora Varella foi a quarta colocada da final com 89.14, pouco atrás da britânica Sky Brown, que assegurou o bronze com 92.31.
Além do park, o País também é destaque na modalidade street em Jogos Olímpicos. Na edição de estreia, Rayssa Leal e Kelvin Hoefler alcançaram a medalha de prata. Em Paris, a Fadinha novamente voltou ao pódio, desta vez com o bronze.
Dom sobre rodas e com os malabares
Prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, e sexto melhor no ranking mundial, Augusto Akio começou a andar de skate aos 7 anos. Foi o esporte que ajudou o garoto introvertido a socializar e fazer amigos. E, não à toa, ganhou todo o apoio da família, em especial do pai, Altamiro Alves dos Santos.
Foi na adolescência que Japinha começou a se destacar no cenário nacional da skate park. Em 2019, conquistou o bronze no Mundial de Skate Vert, em Barcelona. Mas, após uma eliminação precoce no Mundial de Park, em São Paulo, ficou fora de Tóquio. A derrota, no entanto, serviu como incentivo para o paranaense perseverar e chegar até Paris.
Além do talento sobre as rodas, Akio também não esconde o amor pelos malabares. Ele começou a praticar a arte há quatro anos, quando ficou impossibilitado de andar de skate por causa de uma lesão no quadril.