ESPORTES
Medina dedica medalha dos Jogos Olímpicos ao padrasto: ‘Significa muito pra gente’
O pódio conquistado nos Jogos Olímpicos de Paris marcou o retorno da parceria de Gabriel Medina com Charlão, padrasto e ex-técnico do surfista. Atualmente treinado pelo australiano Andy King, o tricampeão mundial dedicou a medalha de bronze ao velho parceiro, que o acompanhou em Teahupo’o, no Taiti, após alguns anos separados.
“Significa muito pra gente. Depois de alguns anos sem viajar juntos, retomamos aqui em Teahupo’o. Não tinha como ser diferente, uma medalha pro Charlão, sempre chamei [de Charlão]. Sempre esteve ao meu lado e me ajudou bastante”, disse à TV Globo.
A volta das viagens com Charlão acontece meses depois de Medina fazer as pazes com a família. O surfista teve uma série de desentendimentos com a mãe e chegou a romper qualquer tipo de contato durante seu relacionamento com a modelo Yasmin Brunet, que chegou ao fim em 2022.
Agora, o medalhista olímpico destacou a felicidade de contar com o apoio da família: “Por isso que surfo também. Significa muito ele, minha mãe e minha irmã me assistindo. Fico feliz de deixar minha família feliz. Essa conquista é mais do que uma medalha de bronze”.
As demonstrações de carinho não ficaram apenas por parte de Medina. Charlão se demonstrou orgulhoso do enteado e reforçou a importância do bronze olímpico.
“Ele ganhou um bronze, não é que perdeu o ouro. Ele honrou a gente. Não é fácil ganhar uma medalha. São muitos surfistas, a gente depende muito da natureza. Muito orgulho do Gabriel”, completou.
Falta de ondas
Embora o bronze tenha sido bastante celebrado, Medina por pouco não avançou à decisão para lutar pelo ouro. Embalado por grandes atuações, ele caiu na semifinal para o australiano Jack Robinson em uma bateria quase sem ondas.
Apesar de os brasileiros terem lamentado o “problema com a natureza”, o surfista demonstrou compreensão com a situação: “Não posso reclamar. Já tive algumas vitórias aqui. Faz parte, é o esporte. Hoje, infelizmente, a onda não veio. Mas eu ganhei o bronze para o Brasil e estou muito feliz”.
Diferentemente da semifinal, Medina pegou o peruano Alonso Correa na disputa pelo terceiro lugar e conseguiu aproveitar as ondas. Para garantir o bronze, o brasileiro somou 15.54 contra 12.43 do concorrente.