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Palmeiras teve beatificação de ídolo e zagueiro artilheiro em primeiro título de Libertadores

O Palmeiras pintou a América de verde e branco pela primeira vez na noite de 16 de junho de 1999. Agora, 26 anos depois da histórica vitória nos pênaltis sobre o Deportivo Cali, a equipe paulista vai medir forças contra o Flamengo no Estádio Monumental de Lima, no Peru, na tentativa de se tornar o primeiro time brasileiro a levantar o tetracampeonato da Libertadores.
Mesmo com o passar dos anos e a chance de levantar o troféu pela quarta vez, os heróis da primeira conquista seguem na memória do torcedor alviverde. Qual palmeirense não lembra de Marcos na classificação sobre o Corinthians? A atuação de gala no jogo de ida e a defesa na cobrança de pênalti de Vampeta o fizeram ser beatificado: São Marcos.
“A grande virada da minha vida aconteceu no primeiro jogo das quartas de final, contra o Corinthians. Cara, eu peguei muito! Muito mesmo! Fiz uma das melhores partidas da minha carreira. Os caras chutaram bastante no gol, imaginando que eu fosse tremer. Mas, de tanto eles chutarem, acabei ganhando confiança. Foi quando percebi que tinha nível para jogar no Palmeiras e era importante dentro do grupo”, disse o goleiro à Revista Palmeiras, em 2019.
Os duelos do mata-mata, no entanto, não foram os primeiros contra o rival naquela edição da competição. Os dois primeiros embates aconteceram na fase de grupos, em uma época em que era comum times do mesmo país dividirem a chave.
Assim como nas quartas, cada equipe levou a melhor em um duelo. Uma das grandes histórias da competição, inclusive, foi escrita no Derby. Após Velloso sofrer uma lesão contra o União Barbarense, Marcos assumiu a titularidade em plena Libertadores, contra o rival.
“Eu era o terceiro goleiro do Palmeiras no início da Libertadores. Estava inscrito, mas não tinha a menor expectativa de jogar. O titular era o Velloso, meu ídolo no futebol e um dos grandes goleiros da história do clube. O reserva imediato da posição era o Sérgio, outro grande jogador e um irmão que o futebol me deu”, recordou.
O roteiro de filme do goleiro o levou a ser herói até quando não encostou na bola. Nas penalidades da final, a bola na trave de Gerardo Bedoya e o chute para fora de Martín Zapata o colocaram de vez no patamar de ídolo palmeirense.
Com a segurança de que Marcos estaria protegendo a meta palmeirense, Evair e Oséas balançaram a rede adversária na final para levar a disputa para os pênaltis. Se na decisão os atacantes fizeram o dever de casa, coube a um artilheiro inusitado brilhar ao longo da campanha.
O zagueiro Júnior Baiano foi o principal marcador palmeirense na competição. Em 13 partidas que entrou em campo, o defensor balançou as redes cinco vezes: três contra o Cerro Porteño e duas contra o Olimpia, ambas as equipes do Paraguai.
Até mesmo nomes como Oséas, Paulo Nunes e Alex ficaram atrás do zagueiro na lista de artilheiros do Palmeiras na competição. Cada um deles balançou as redes quatro vezes ao longo da campanha.
Com a conquista sob o comando de Felipão, o Palmeiras se colocou de vez no cenário continental. Na edição da competição de 2020, 21 anos depois, o Verdão viu Abel Ferreira reconquistar a América, feito que veio a ser alcançado pela terceira vez em 2021.
Agora, o técnico português terá a missão de pintar o continente novamente de verde e branco. Às 18h (horário de Brasília), o Palmeiras entra em campo no Estádio Monumental de Lima, contra o Flamengo.









