Um advogado bolsonarista apresentou à Justiça Federal de Brasília um pedido esdrúxulo: ele quer uma ordem proibindo as forças de segurança federais de impedirem um eventual golpe de estado no próximo domingo, dia do segundo turno das eleições.
O pedido foi feito por meio de um habeas corpus que, apesar do teor estapafúrdio, ganhou andamento normal, a ponto de até o Ministério Público Federal ter sido intimado para se manifestar.
A petição assinada por Wilson Koressawa, ex-juiz, promotor aposentado e candidato derrotado a deputado nas eleições deste ano, beira o surrealismo.
Os argumentos são típicos dos apoiadores mais radicais do presidente Jair Bolsonaro. Sem provas, o advogado aponta fraude no primeiro turno das eleições, diz que os números saídos das urnas no primeiro turno não refletem a realidade (ele sustenta que o presidente tem apoio de 70% do eleitorado) e ataca o sistema eletrônico de votação.
Continua depois da publicidade
Superior Eleitoral.
Na sequência, pede que o juiz conceda o habeas corpus impedindo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal de agirem contra os manifestantes.
“O povo brasileiro tem o direito de parar todo o país e determinar que o presidente da República, com base no art. 142, da Constituição Federal, convoque as Forças Armadas, se necessário, ou requisite a Polícia Federal para determinar que todos os integrantes do TSE e do STF sejam afastados cautelarmente para que tudo seja esclarecido e/ou prendê-los em flagrante ou preventivamente”, escreveu o advogado.