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Família chama Samu para atender idoso e profissional diz que ele “não tem critério para ir de ambulância”
Familiares do senhor Tomaz de Aquino Coelho, 88 anos, morador do bairro Montanhês, parte alta de Rio Branco, ligaram, na tarde desde domingo, 8, para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), após observarem que o homem estava com o quadro de infecção urinária piorando, mas o atendente disse que ele não tinha critério para ir de ambulância.
De acordo com os familiares, se Tomaz, que sobre de pressão alta, está debilitado por conta de uma infecção urinária e a medicação não estava mais fazendo efeito.
Vendo que o idoso definhava na cama, sem se alimentar e passando mal, resolveram ligar para o SAMU para que fosse enviada uma ambulância, porém o profissional que realizou o atendimento disse que o idoso não tinha critério para ir de ambulância e a família poderia levá-lo até uma unidade de saúde.
Um áudio com o fim da ligação, onde o profissional diz que o idoso não tem crédito para ir de ambulância foi enviado a redação.
Na gravação, familiares dizem que estão gravando e levarão o caso a imprensa e o profissional diz que a ligação é gravada e eles podem se dirigir a coordenação do SAMU e solicitar a gravação e após isso encerra a chamada. Ouça:
Desesperados, familiares conseguiram contactar uma neta para que pudesse levar o idoso ao Pronto-Socorro.
Vídeo:
A reportagem entrou em contato com o coordenador do SAMU, o médico Eduardo Formiga, que informou ter averiguado o caso e disse que se tratava de um idoso que há uma semana buscou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento da cidade, foi medicado e encaminhado para retornar para casa.
“A família ligou para o SAMU alegando que as medicações não estariam fazendo efeito, que o idoso apresentava febre e a regulação, realmente, orientou a retornar com ele para uma unidade de saúde para que fosse reavaliado por um médico para ver, no caso, se iria prescrever novas medicações, já que as atuais não estavam fazendo efeito. Porém mandei a equipe ir averiguar a necessidade, pois pelo que a família passou, realmente não entrava em critérios para um atendimento de uma ambulância e sim precisava que ele fosse até uma unidade para ser reavaliado pelo médico. Porém a equipe está tentando entrar em contato com o familiar para averiguar o fato”.
Ainda segundo, o coordenador, o SAMU é um serviço movido por humanos, que estão suscetíveis a erro, mas que tem uma equipe bem treinada para seguir a risca os protocolos que são regidos por eles.
“Muitas vezes, a gente faz esse serviço social sim. Isso está me parecendo um serviço mais social do quê o que a gente preconiza que é urgência e emergência”, concluiu.