Pará concentra quase metade dos incêndios na Amazônia

O estado do Pará tem se destacado de forma preocupante em relação aos incêndios florestais na Amazônia, sendo responsável por impressionantes 42% dos focos de queimada registrados entre janeiro e outubro deste ano. Segundo dados do Monitor do Fogo, do Mapbiomas, aproximadamente 2,8 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, refletindo uma crise ambiental que exige atenção urgente.

Em um panorama mais amplo, a destruição causada pelo fogo na região amazônica supera em cerca de dez vezes o desmatamento. Os dados alarmantes foram apresentados durante a COP-29, Conferência das Partes sobre o Clima, da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Baku, Azerbaijão.

Em nível nacional, os números são igualmente alarmantes. Em outubro, 70% dos focos de queimadas no Brasil estavam localizados na Amazônia, resultando na destruição de 6,7 milhões de hectares apenas nesse mês. Ao longo dos dez meses do ano, o desmatamento alcançou 650 mil hectares, conforme o Sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Mapbiomas também revela que 64% da área queimada pertence a vegetação nativa, com as florestas representando 45% desse total. Esses dados ressaltam a gravidade da situação, evidenciando que as queimadas não apenas devastam a flora, mas também comprometem a biodiversidade e o equilíbrio ecológico da região.

Os números gerais sobre queimadas no Brasil são5r igualmente alarmantes:

-Incêndios consumiram um total de 27,6 milhões de hectares em todo o país.

-A Amazônia foi responsável por 55% das queimadas, representando 15 milhões de hectares.

-Áreas de pastagens somaram 21% da área queimada, totalizando 5,7 milhões de hectares.

-Na Amazônia, o aumento das queimadas foi de 58%.

Esses dados evidenciam a necessidade urgente de ações eficazes para combater os incêndios florestais e proteger a Amazônia, um dos mais importantes biomas do planeta. A preservação da floresta não é apenas uma questão ambiental, mas também um imperativo social e econômico que afeta o futuro de milhões de pessoas e a saúde do nosso planeta.