POLÍCIA
Após denúncia da Prefeitura do Rio, ação policial mira servidores suspeitos de extorquir dinheiro de pessoas que dão aulas na orla da Barra
Uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE), que acontece nesta quarta-feira, mira agentes da Prefeitura do Rio suspeitos de extorquir dinheiro de pessoas que dão aula de práticas esportivas na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Principal alvo dos agentes, o servidor da Secretaria municipal de Fazenda Nelson Ribeiro do Nascimento foi conduzido para a delegacia. Ele trabalha na pasta desde 2007, é lotado na Coordenadoria de Controle Urbano (CCU) e com um salário de R$ 13 mil. A ação conta com o apoio da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop).
As investigações da Draco começaram há um ano, após uma denúncia feita pela própria prefeitura, e indicaram que os crimes eram cometidos contra os responsáveis por aulas de diversas modalidades esportivas ao longo da orla da Barra da Tijuca — como beach tennis, vôlei de praia e treinamento funcional , entre outros.
De acordo com a Polícia Civil, Nascimento dos exigia dos responsáveis pelas aulas o percentual de 10% das mensalidades de todos os alunos para que fosse autorizada a prática dos atividades. Ele exigia, ainda, a prestação de contas da lista de presença dos alunos, alegando que todo o espaço público da Praia da barra da Tijuca era de sua supervisão e responsabilidade, afirmou a Draco.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Nascimento na Barra e em Jacarepaguá, também na Zona Oeste. Além dos mandados de busca, a 23ª Vara Criminal da Capital determinou o afastamento imediato do servidor das funções de fiscalização. As equipes também foram até a sede da Prefeitura, na Cidade Nova, região central, visando a obter provas que auxiliem nas investigações.
Durante as buscas, foram apreendidos telefones, documentos e eletrônicos na residência de Nascimento. O inquérito policial prossegue com o objetivo de apurar o possível envolvimento de outros servidores nos crimes e a identificação de todas as vítimas das extorsões.