Crime de luxo: grupo que causou R$ 100 mi de prejuízo a bancos é preso em MG

Cinco membros de uma organização criminosa que angariou R$ 100 milhões em fraudes a agências bancárias e montadoras foram presos em Belo Horizonte, na região metropolitana e no Norte de Minas. As prisões aconteceram na última terça-feira (30), no âmbito da operação Ghost Truck, que começou há um ano e meio.

O grupo adulterava dados de caminhões que ainda estavam em montadoras e, com a documentação falsa em nome de empresas fantasmas, solicitavam empréstimos junto a instituições financeiras. Esses veículos falsos eram oferecidos como garantia para a obtenção dos créditos. As montadoras também denunciaram prejuízos, uma vez que não conseguiam vender os caminhões.

Em Engenheiro Navarro, no Norte de Minas, foram presos o líder da organização, de 38 anos, e a esposa dele. Em BH, três prisões foram realizadas, uma delas da gerente de um banco. Segundo a Polícia Civil, a funcionária facilitava a obtenção de créditos pelo grupo.

De acordo com o delegado Leandro Matos, chefe da Delegacia Especializada de Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores, esses caminhões eram colocados em nome de empresas fantasmas, criadas com a utilização de ‘laranjas’ –  pessoas aliciadas para se passar por donos de empresas.

Os suspeitos aliciavam pessoas em comunidades. “Via de regra, eram pessoas vindas do Norte de Minas, gente humilde, a maioria totalmente analfabeta. No núcleo contábil da organização, eram criadas empresas fantasmas, era adulterado todo o capital social daquela empresa, através até mesmo da falsificação da declaração de imposto de renda”, detalha o delegado.