POLÍCIA
Filho de narcotraficante é morto por grupo de homens armados
Luciano da Silva Barbosa, de 32 anos, filho do narcotraficante José Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, foi morto a tiros e degolado, na madrugada desta quinta-feira (23), na comunidade Santa Maria, no município de Anamã, interior do Amazonas. O padrasto dele, Silviney Oliveira Araújo, de 42 anos, também foi assassinado no ataque.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 81ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), pela mãe de Luciano, que presenciou o crime, cerca de 15 a 20 homens invadiram a casa onde eles estavam. Armados, os criminosos atiraram contra o filho do narcotraficante.
O padrasto de Luciano pulou na água para tentar escapar dos disparos. No entanto, ele foi alcançado e morto a tiros.
Após o duplo homicídio, os atiradores degolaram o filho de “Zé Roberto” e levaram a cabeça, deixando apenas o corpo da vítima.
No boletim de ocorrência, a mulher confirma que Luciano fazia parte de uma facção criminosa.
O 81° DIP irá investigar o crime.
Crimes e processos
Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Luciano cumpria pena em regime semiaberto e era monitorado com uso de tornozeleira eletrônica.
“Recentemente a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) comunicou à Vara de Execuções Penais sobre o desligamento do dispositivo de monitoramento eletrônico”, informou o tribunal.
Luciano foi preso em setembro de 2016, durante a Operação “La Muralla”. As investigações apontaram que ele assumiu o lugar do pai no comando de uma facção criminosa, no Amazonas.
Na época, os policiais o abordaram em um campo de futebol na Zona Oeste de Manaus, onde havia cerca de 200 pessoas no local e nenhuma delas tentou atrapalhar o trabalho da polícia. Luciano também não resistiu à prisão.
Na época, a prisão foi considerada pela polícia um forte impacto para o crime organizado.
“Essa é uma prisão simbólica para segurança no Estado. Ele herdou a liderança do crime do pai e inclusive várias ordens de homicídio ocorridos na cidade foram dadas por ele”, afirmou o então diretor da época do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), Paulo Mavignier.
Ele tinha três processos em andamento. Um deles, por homicídio qualificado, tramita na 2.ª Vara do Tribunal do Júri.
Um outro processo, também homicídio qualificado, tramita na 3.ª Vara do Tribunal do Júri e tinha julgamento em plenário pautado para o dia 31 de agosto de 2022.
O terceiro processo, por homicídio simples, está na 2ª. Vara do Tribunal do Júri com audiência de instrução e julgamento pautada para o dia 2 de agosto de 2022.