‘PF lacrou o Deracre, Seinfra e quase lacra o Palácio, tá faltando pouco para isso acontecer’, diz deputado

O deputado estadual Emerson Jarude, do MDB, usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quinta-feira (16) para fazer sua explicação pessoal sobre “lacrar”. Usando tom de deboche, o deputado disse que quem “lacrou” foi a Polícia Federal, quando amanheceu em órgãos públicos para dar cumprimento de mandados na Operação Ptolomeu 3.

“Tem muita gente de bem que chegou para trabalhar cedo não pode entrar na secretaria porque a Polícia Federal estava lá fazendo as suas investigações. É um constrangimento sem tamanho. A Polícia Federal lacrou o Deracre, lacrou Seinfra e quase lacra o Palácio, tá faltando pouco para isso acontecer”, disse Jarude.

“O estado está está afundado em lama e aqui eu faço couro junto à ministra Nancy, ao afirmar que “nós estamos diante de uma organização criminosa”, e que o mais rápido possível nós devemos desfazê-la”, destacou o deputado.

Jarude falou sobre as proposições apresentadas por cada deputado para avanço do estado, mas que cada proposição está interligada e que na atual conjuntura, não tem como melhorar por conta dos desvios e corrupção.

“Como é que nós vamos melhorar os nossos ramais ao mesmo tempo está tendo desvio na secretaria? Como é que nós vamos melhorar a nossa saúde se está acontecendo a mesma coisa? O Estado que tá parado por conta da corrupção”, disse o Jarude, que continuou a fala destacando que “Se nós formos olhar os índices, inclusive nós somos o vigésimo sexto, eu vou repetir nós somos o vigésimo sexto em infraestrutura, e não à toa onde a Polícia Federal tá batendo”.

Ao finalizar sua explicação pessoal, Emerson Jarude apresentou uma indicação para que servidores ou comissionados que estão afastados e sendo investigados, não recebam seus salários.

“Não é justo o cidadão que tá lá trabalhando todo dia e no final do mês ter o seu salário na conta e aquele que tá sendo investigado no esquema de corrupção e está em casa e com salário também caindo da conta. Então precisamos ser justos, ao menos de que aqueles que estão sendo afastados que não recebam”, finaliza Jarude.