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POLÍTICA

Coluna da Angélica no NHN – Politicamente Michelle caiu para cima

Publicado em

Imagem- Pngtree

1- Em alta

A corda que arrebentou não foi exatamente para o lado mais fraco. Destituída da função de líder do governo, Michelle Melo (PDT) sai do embate fortalecida politicamente embora vá enfrentar dificuldades para acomodar seu grupo político. Perde os anéis mas conserva os dedos. E estes podem apontar diretamente para o governo a partir de terça-feira (05). E este tem muitos pontos fracos. Desemprego, falta de políticas públicas e falta de segurança não são questões que se resolvem com sucessivos procedimentos estéticos e dancinhas. Se permanecesse como líder do governo totalmente alinhada, perderia as mãos com dedos e anéis e com tudo. Seu discurso decisivo na semana passada não foi improvisado. Foi pensado. A parlamentar deve enfrentar uma campanha semelhante a que foi desencadeada contra o ex-vice governador Major Rocha (Sem Partido). Mas a exemplo dele, Michelle é forte. Se agir direitinho pode seguir os passos de Naluh Gouveia que deixou um vácuo na política acreana. Michelle deu o grito de independência. Aguardemos os ecos.

2-Em baixa

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O bloco dos descontentes cada vez aumenta mais. E com voz. O governo Gladson Cameli (PP) tem muita dificuldade em acertar. Há algum tempo a substituição de Michele vinha sendo buscada. O líder dos sonhos era o deputado Pedro Longo (PDT), polido e diplomático, mas firme. Porém, Longo é vice-presidente do Legislativo. Não poderia acumular a função. Tanízio Sá (MDB), comprometido com o governo, chegou a ter o nome avaliado mas a decisão recaiu sobre Manoel Moraes (PP), sogro da presidenta do Iteracre, Gabriela Câmara. Junto com ela forma um grupo poderoso que não deverá ser comemorado com merenda escolar mas que tem todos os motivos do mundo para defender o governo. Manoel Moraes nunca foi muito assíduo na tribuna. Como líder do governo precisará marcar presença tanto nas sessões quanto na tribuna. A partir desta semana estará sob os holofotes. Apesar dos desafios políticos e administrativos não poderem ser enfrentados com a defesa parlamentar. Dependem muito mais das ações de governo.

3- Pilatos

O presidente do PDT, Luís Tchê, lavou as mãos no episódio Michelle Melo. Comprometido até a medula com o governo Gladson, limitou-se a comentar que ela desagradou “muitos Secretários de Estado”. Até onde se entende a função parlamentar não é agradar o secretariado. Teoricamente são eleitos para lutar por melhorias para a população. Desvios de função deveriam ser exceções, não a regra. Pelo menos para quem não reduz a política a mero de jogo de poder. Ao contrário de Michelle, o governo do estado parece não aproveitar as críticas para corrigir os rumos. Não seria estranho se a deputada buscasse outra sigla. Até porque no PDT o canal de deputado federal está ficando congestionado desde já. Imagine quando entrar 2026.

4-Ameaça

A troca de líder colocou os demais deputados da base de sustentação contra a parede. O recado foi claro e a ameaça direta do governador mais ainda. “Isso ai não vai acontecer só com ela (Michelle). Isso vai acontecer com todos se não tiver uma verticalização de fidelização com o governo Gladson. Seja parlamentar, seja secretário, seja qualquer um. Ou vai ter uma linha, ou não vou mais aceitar essa situação”. A dúvida é se a declaração põe em xeque também os parlamentares do MDB, em especial o líder do partido na Aleac, Tanízio Sá. Afinal o MDB tem o candidato mais competitivo à prefeitura da capital. Adversário do candidato do governo. Ou não… Nos bastidores não é descartada a possibilidade de apoio do governador à candidatura de Marcus Alexandre (MDB), o que transformaria a “aliança ampla” numa bela “confusão ampla”. Quiçá num balaio de gatos. Com as unhas a mostra.

5-PT saudações

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Para os adeptos das teorias da conspiração o apoio incondicional dos partidos de Esquerda e Centro-Esquerda ao candidato do MDB à prefeitura de Rio Branco tem um significado. Marcus Alexandre estaria usando o partido para se eleger. Caso saísse vitorioso concederia alguns cargos para o MDB e sairia do partido. Perto da eleição de 2026, se filiaria a um partido da esfera do PT. Não duvido nem “desduvido”.  Nem mesmo estranho essas teorias. Não são mais bizarras que um político sair do PT e se candidatar por outro partido com o apoio do PT.

6-Tecnologia

O Brasil saiu na frente na união de tecnologia com o exercício do voto ao adotar as urnas eletrônicas. Entretanto a Democracia não é apenas o direito ao voto direto. Os candidatos são pré-escolhidos pelos partidos e muitas vezes o eleitor vota por eliminação, como no caso do menos ruim. É voz corrente que “todo mundo compra votos” ou que “se não comprar voto  não se elege”. Desse jeito muitos são os envolvidos e poucos os punidos. Bem que os candidatos e pré-candidatos, principalmente a cargos executivos, poderiam ser obrigados a usar câmeras, como os policiais. Assim a negociação de pagamentos e rateio de cargos públicos ficaria documentada e a candidatura cassada. Radicalizo dessa maneira porque chegam informações de pré-candidatos que faltando mais de um ano para a eleição já estariam negociando apoios.  100 mil por mês para cá, tantos cargos para lá… Compra fiada. Condicionada ao resultado da eleição.

7- Brasil paralelo

A Lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil foi assinada por Dom Pedro II. 36 divididos por 9 é igual a 6. O prefeito de São Paulo, Jânio Quadros proibiu o uso de biquini nas praias da cidade em 1961. Depressão, alzheimer, parkinson e transtorno de déficit de atenção (TDAH), são transmitidas pela água. Estes são alguns dos erros que seriam ensinados nas escolas públicas do estado de São Paulo. Os Fake Books da gestão Tarcísio de Freitas parecem ter sido inspirados no canal Brasil Paralelo e se não tivessem sido denunciados por um grupo de professores condenariam os estudantes ao fracasso nas provas do Enem. A Lei Áurea foi assinada pela princesa Izabel. Em 13 de maio de 1888, data da assinatura da referida lei, Dom Pedro nem estava no Brasil. 36 divididos por 9 é igual a 4. Em 1961, Jânio Quadros era presidente do Brasil e não prefeito de São Paulo e a cidade sequer tem praia. A afirmação que depressão, alzheimer, parkinson e TDAH são transmitidas pela água não precisa nem comentar.  Só faltou terem colocado que o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) integrou forças de ocupação do Hawai. Como militar, Tarcísio integrou a controversa Minustah que ocupou o Haiti e é acusada de todo o tipo de violência. De assassinatos, torturas e estupros de meninos e meninas nas favelas do país caribenho. Vale ressaltar que o general Heleno foi comandante da força militar que ocupou o Haiti.

8-Brasil paralelo II

Tarcísio de Freitas determinou que em seu governo as escolas estaduais de São Paulo não iriam mais utilizar os livros didáticos fornecidos gratuitamente pelo MEC há décadas. A opção de sua gestão seria pela educação mediada por tecnologia. O fornecedor dessa nova modalidade seria o seu Secretário Estadual de Educação Renato Feder, um dos donos da Multilaser, empresa que também  vendeu tablets para a Educação do Acre. O contrato da Secretaria de Educação de São Paulo com a Multilaser estava orçado em 200 milhões de reais. Depois que o Ministério Público decidiu investigar o contrato, Tarcísio recuou mas na sequência professores e alunos da rede estadual de educação de São Paulo descobriram que um aplicativo havia sido instalado em seus celulares particulares sem autorização dos proprietários. Olhos atentos, observai. O voto tem um custo muito alto. Não apenas nos cifrões das negociatas mas também no controle da população via desinformação para não usar a expressão mais pesada de emburrecimento do povo. Vide a Cartilha Epistemológica da Ignorância do Tarcísio.

Bom dia, governador do Acre, Gladson Cameli. Ou seria mais adequado um buongiorno governatore. Bella Italia né? Bel giro in Europa. Aqui na terra seguimos tentando driblar as faltas: de segurança, de emprego, de renda, de condições de vida…aguardando vosso retorno e ações.

Esta é uma coluna opinião e reflexão

Contato- angellica.paiva@gmail.com

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