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POLÍTICA

Lula troca ministros para acomodar partidos que trabalharam pela reeleição de Bolsonaro

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Às vésperas do feriado prolongado de 7 de Setembro, o presidente Lula (PT) bateu o martelo e oficializou a mini-reforma ministerial na Esplanada para acomodar dois partidos do Centrão: PP e Republicanos. Ambos partidos faziam parte da coligação com o PL de Jair Bolsonaro para reeleição do capitão, em 2022. Os novos ministros devem assumir depois que Lula voltar da reunião do G20, na Índia.

O PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), terá representação do deputado André Fufuca (PP-MA) como ministro dos Esportes. O Republicanos, partido ligado à Igreja Universal, ficará com Portos e Aeroportos, sob o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Os dois parlamentares estiveram com Lula na tarde desta quarta-feira, em uma reunião no Palácio da Alvorada. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política, também participou.

A entrada dos dois partidos do Centrão no governo Lula vinha sendo negociada desde julho, quando a Câmara votou a reforma tributária, em julho. O objetivo do governo é ampliar a base de apoio parlamentar e ter mais facilidade com aprovação de projetos de seu interesse.

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Atualmente, o governo conta com uma base com cerca de 250 deputados na Câmara considerando os partidos de esquerda, e votos de parte das bancadas de PSD, União Brasil, MDB, partidos com cargos de comando na Esplanada dos Ministérios. A entrada dos novos partidos pode contribuir com até 49 novos do PP e 41 do Republicanos, chegando a 340. Em falas e entrevistas, Lula tem defendido a entrada dos partidos para evitar aprovação de pautas “indigestas”.

Auxiliares do presidente relatavam que essa pendência, que se arrastava há dois meses, precisava ser resolvida antes do presidente viajar à Índia, para encontro do G20. Nesta quinta, 7, Lula participará das festividades da Independência, em Brasília, e seguirá para a reunião com os líderes mundiais.

Trocas no governo

Com as mudanças, a ministra Ana Moser deixa a pasta do Esporte, mas seu futuro no governo ainda não foi definido. Já o ministro Márcio França, assumirá o novo ministério de Micro e Pequena Empresa, criado para ampliar os espaços políticos no governo. França é ex-governador de São Paulo e próximo ao vice-presidente e correligionário Geraldo Alckmin. Em acordo com o PT, ele abriu mão de ser candidato ao governo do estado para tentar uma cadeira no Senado. A vaga de São Paulo foi ocupada pelo ex-ministro de Bolsonaro, Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), com isso, França foi levado à Esplanada.

O avanço das negociações que indicaram a saída de Moser gerou revolta e protesto por parte de organizações de atletas e ídolos do esporte. Em julho, Lula trocou a minsitra do Turismo Daniela Carneiro pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA). O movimento foi uma tentativa melhorar a relação com o União Brasil, partido que ocupa três ministérios, mas não estava satisfeito com o arranjo político. À coluna, em agosto, o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), disse que mesmo com as trocas, o partido não dava garantias ao Planalto de que votaria favorável a todos os projetos do petista.

 

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